31/07/2007

Bovespa cai 0,71% e termina julho com desvalorização

A Bovespa fechou esta terça-feira em queda de 0,71%, a 54.182 pontos. Em julho, a bolsa acumulou queda de 0,4%. No ano, entretanto, a alta ainda é de quase 22%.

O principal indicador da bolsa paulista chegou a subir 2% na máxima do dia, mas as preocupações com o setor de crédito imobiliário de risco nos Estados Unidos acabaram pesando no fim do pregão, ofuscando balanços e dados econômicos positivos divulgados pela manhã.

- O mercado estava negativo até sexta-feira e ontem virou alta. Os fundos fecham pelos médios, e não pelo fechamento. Os médios de hoje estão bem acima do que está o mercado agora. O mercado hoje já não precisa se esforçar tanto - disse Carlos Alberto Ribeiro, diretor da Novação Distribuidora, pouco antes de o mercado entrar no vermelho. Na segunda-feira a alta foi de mais de 3%.

O mercado acompanhou de perto o sobe-e-desce de Wall Street, onde Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq caíram mais de 1% cada. O S&P teve o pior mês desde 2004.

- Do nosso ponto de vista, o mercado acionário ainda não entendeu completamente o possível impacto que o custo maior de crédito das últimas semanas terá nos lucros e nos preços das ações - disse David Rosenberg, economista para América do Norte da Merrill Lynch, em Nova York.

Aqui foi o segundo mês de perdas do ano. Em fevereiro, o Ibovespa tinha caído 1,68%.

Fonte: JB Online

Renda Fixa lidera ganhos no mês e Bovespa no ano

Depois de quatro meses consecutivos na liderança, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) não foi a melhor opção de investimento durante o mês de julho. No entanto, a queda de 0,38% acumulada no mês, contrasta com uma alta de 21,83% registrada desde o início do ano, o que mantém a Bolsa como melhor opção no ano.

O mercado de renda variável passou um por um forte ajuste na última semana do mês, refletindo uma série de incertezas que rondam o mercado de crédito imobiliário norte-americano. Pedidos de falência e fundos liquidados elevaram o temor de que a crise que assola o segmento possa se alastrar para outros segmentos da economia. Tal cenário promoveu forte realização, com a bolsa perdendo cerca de cinco mil pontos em um intervalo de quatro pregões.

A renda fixa liderou a rentabilidade entre os ativos analisados, com o CDI apresentando avanço de 0,93% no mês e alta de 6,07% no ano. Um exemplo de investimento indexado ao CDI, que apresentou boa rentabilidade, foi o Certificado de Depósito Bancário (CDB), que teve alta de 0,951% em julho, acumulando ganho de 6,02% no ano.

O investimento em dólar segue como pior escolha. A moeda norte-americana fecha o mês de julho com perda de 2,38%, acumulando desvalorização de 11,84% em 2007. O dólar PTax (média das cotações apurada pelo BC) apresentou perda de 2,52% no mês, e queda de 12,18% nos sete primeiros meses de 2007.

O investimento em ouro também não foi boa escolha, apresentando desvalorização ainda maior que a do dólar. O metal fecha o mês de julho com queda de 2,59%, e passa a acumular desvalorização de 4,83% no ano.

Fonte: JB Online

Bovespa fecha em baixa de 0,71%, com estresse em NY

O dia era de recuperação dos preços das ações na Bolsa de Valores de São Paulo, mas um novo problema relacionado ao mercado imobiliário nos Estados Unidos reverteu o otimismo dos investidores nas Bolsas de Nova York, com reflexos no Brasil. O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, recuou 0,71% e fechou aos 54.182,5 pontos.

A financeira norte-americana American Home Mortgage alertou os investidores esta tarde de que está com problemas de liquidez, por conta dos recentes solavancos no setor de crédito imobiliário de alto risco. A empresa informou que não teve como honrar obrigações da ordem de US$ 300 milhões ontem e que não tem como prever que possa honrar débitos de US$ 450 milhões e US$ 500 milhões que vencem hoje.

A notícia levou à inversão no movimento das ações no dia, que até então operavam em alta. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, fechou em queda de 1,10%. O Nasdaq, da Bolsa eletrônica, perdeu 1,43%.

A piora foi logo sentida também na Bovespa, que passou a renovar as pontuações mínimas do dia. Petrobras PN, a principal ação brasileira e com forte participação de estrangeiros, funcionou como porta de saída dos investidores do mercado acionário, em meio à renovada aversão ao risco. O papel cedeu 1,27%, apesar da valorização de 1,80% no preço do petróleo em Nova York.

A segunda ação mais importante da Bovespa, por outro lado, manteve-se no azul, apesar da virada dos mercados. Vale do Rio Doce PNA subiu 0,64%, para R$ 79,20. O outro papel da empresa, Vale ON, registrou ganho de 1,29%, para R$ 92,80. A mineradora divulga ainda hoje seu balanço de segundo trimestre.

Estréia

O Banrisul estreou em alta no nível 1 de governança corporativa da Bovespa. O nível 1 é uma listagem especial da Bolsa para empresas com boas práticas de governança corporativa. O papel do banco gaúcho avançou 1,67%, para R$ 36,60.

Fonte: Portal Exame

Ações da Vale passam as da Petrobras e se tornam as mais negociadas da América Latina

As ações da Companhia Vale do Rio Doce assumiram neste mês o posto de mais negociadas da América Latina, após dois anos de liderança da Petrobras, segundo levantamento da consultoria Economática.

De acordo com a pesquisa, o volume médio diário mensal da Petrobras no mês de julho, até o dia 30, foi de R$ 429 milhões, contra R$ 445 milhões por dia da Vale.

Essa mudança já tinha sido vista nas negociações em Nova York com ADRs ("American Depositary Receipt", papéis de empresas, inclusive brasileiras, negociados como se fossem ações nas Bolsas dos Estados Unidos).

As ações da mineradora subiram quase 47% este ano, até o dia 30, enquanto as da Petrobras avançaram 9% e o Ibovespa registrou valorização de cerca 23%.

No ranking das dez ações mais negociadas da América Latina em 2007, oito são brasileiras e duas mexicanas.

As outras brasileiras da lista são Bradesco, Usiminas, as ordinárias da Vale, Unibanco, Companhia Siderúrgica Nacional e Itaú, nesta ordem.

Fonte: UOL Economia

Bovespa opera em alta e pode registrar ganho no mês

A Bolsa de Valores de São Paulo tem mais um dia positivo nesta terça-feira, desta vez com ajuda de um dado de inflação abaixo do esperado nos Estados Unidos.

Às 10h42, o Ibovespa subia 1,74%, para 55.520 pontos, contabilizando alta de cerca de 2% em julho. O volume financeiro da sessão era de R$ 591,2 milhões.

A força de Wall Street na abertura contribuía para o bom desempenho da Bovespa.

O Dow avançava 0,8%. Investidores aguardam agora os dados de gasto com construção nos Estados Unidos.

Entre os destaques do pregão estava as ações do Banco do Brasil, com valorização de 3,46%, para R$ 30,21. O Credit Suisse elevou nesta terça-feira a recomendação do papel de "neutra" para "outperform" (acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 45.

- Como principais razões para esse aumento, apontamos o ROE (retorno sobre patrimônio líquido médio) maior e custo acionário menor, assim como revisão dos lucros de 2008 - afirmou o Credit Suisse em relatório.

Fonte: JB Online

Bovespa sinaliza recuperação e sobe 1,54%

A Bolsa de Valores de São Paulo sinaliza mais um dia de recuperação, acompanhando o comportamento do mercado internacional. O índice Bovespa, principal referência da negociação de ações no pregão, abriu em alta e registrava ganho de 1,54% às 10h10, a 55.415 pontos. O pregão teve início logo após a divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) norte-americano, mostrando que a inflação segue sob controle nos EUA.

Como os dados divulgados nos EUA foram benignos, o mercado está conseguindo se sustentar em alta, ajudado também pelos balanços favoráveis apresentados nos EUA. As ações da General Motors subiam 7,6% no pré-mercado, após a montadora anunciar lucro acima das previsões no segundo trimestre, revertendo o prejuízo registrado no mesmo período do ano passado.

Nem a alta dos preços do petróleo está interferindo no humor dos investidores. Os preços do óleo em Nova York atingiram nova máxima de 11 meses, a US$ 77,39 o barril. Operadores afirmaram que a confiança renovada do mercado possibilita um teste do recorde histórico do petróleo em Nova York em US$ 78,40 por barril, mas apontaram para a necessidade de novos sinais positivos sobre a saúde da economia global para uma disparada dos contratos do petróleo.

Apesar dessa melhora - ontem a Bovespa subiu 3,12%, aos 54.572 pontos - os especialistas ainda estão cautelosos e não descartam novas perdas. "O mercado está muito machucado, após o tombo da semana passada, sensível ao noticiário sobre a crise no mercado de crédito imobiliário americano. Há dúvidas se essa melhora é passageira ou não. O mercado exagerou e agora está corrigindo os preços. Não houve mudança de fundamento que justificasse o ajuste negativo da semana passada", diz um analista.

A Bovespa opera na expectativa da divulgação, hoje à noite, dos balanços da Vale do Rio Doce e da Brasil Telecom, após o fechamento dos mercados.

Fonte: Portal Exame

30/07/2007

Ganho da Bovespa ultrapassa 3%

Os mercados de ações apresentam melhora de desempenho nesta última hora de pregão, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) superou 3% de valorização no dia. Enquanto isso, em Nova York, os principais índices renovam a pontuação máxima do dia.

Às 16h13 (de Brasília), a Bovespa avançava 3,32%, para 54.678 pontos. O Dow Jones subia 0,83%, o Nasdaq avançava 1,01% e o S&P 500 operava em +1,14%.

Fonte: Portal Exame

Bovespa sobe 2,14% e recupera nível dos 54 mil pontos

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, ampliou os ganhos do dia esta tarde, recuperando parte das fortes perdas da semana passada. Às 13h57, o índice avançava 2,14%, no melhor momento do dia até então. Com a alta, recuperava o importante patamar psicológico dos 54 mil pontos, 54.056 pontos.

A Bolsa paulista foi beneficiada pela melhora de desempenho do mercado acionário nova-iorquino. Os principais índices de Wall Street, que operavam em leve baixa no fim da manhã, inverteram o sinal e passaram ao terreno positivo. Às 14 horas (de Brasília), o Dow Jones subia 0,35%, o Nasdaq registrava ganho de 0,29% e o S&P-500 avançava 0,48%.

O que tem colocado a valorização do Ibovespa acima da de seus pares norte-americanos, contudo, é a forte alta de Petrobras PN e Vale do Rio Doce PNA, as duas ações mais importantes da Bovespa. Petrobras PN subia 2,10% e Vale PNA disparava 4,01% por volta do horário citado.

Fonte: Portal Exame

Bovespa avança e dólar recua em dia de agenda tranqüila

Os investidores voltaram a comprar ações e a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera em alta nesta segunda-feira. Às 12h48, o Ibovespa (principal índice da Bovespa) avança 1,22%, aos 53.566 pontos. O movimento financeiro na Bovespa soma R$ 1,488 bilhão.

Em um dia de agenda relativamente tranqüila, o dólar comercial recua 0,52%, negociado a R$ 1,887 para venda. A taxa de risco-país, medida pelo indicador Embi+ (JP Morgan), marca os 219 pontos, com avanço de 0,45%.

"O mercado está tranqüilo e a agenda também está mais leve. Amanhã, começam a ser divulgados indicadores de maior peso e o mercado deve retomar a instabilidade com mais força", avalia a diretora de câmbio da AGK Corretora, Miriam Tavares.

No mercado de ações, segundo relatório da corretora Planner, "a tendência é de alta hoje, corrigindo as fortes baixas anteriores". O movimento é de ajuste de posições depois da baixa acumulada na semana passada, de quase 8%.

Mas a postura é de cautela. Segundo os analistas, não há nada definido ainda. Apesar da melhora, a apreensão continua por conta das incertezas do setor de crédito imobiliário de alto risco dos Estados Unidos.

"Por enquanto, os problemas têm preocupado, mas ainda não alcançaram grandes proporções. E, nós acreditamos que isso não deve acontecer. Em nossa avaliação, as perdas dos últimos dias não alteraram nem os fundamentos dos Estados Unidos nem dos demais mercados. O que ocorreu na semana passada foi apenas uma reprecificação do risco", afirma Miriam Tavares.

Segundo ela, o fato é que o resultado do declínio na qualidade de crédito hipotecário nos EUA ainda não pode ser totalmente definido. "Alguns economistas analisam que as conseqüências dessa crise podem ser importantes", diz Tavares, que prevê uma semana bastante volátil para os mercados mundiais, com os Estados Unidos ditando o rumo dos negócios.

Dessa forma, o cenário reforça as expectativas quanto aos dados a serem divulgados nesta semana nos Estados Unidos. Amanhã, será conhecido o índice de preços de gastos no consumo (PCE, medida de inflação importante nas decisões do Federal Reserve) .

Na quarta-feira, saem o índice de atividade industrial (ISM da indústria) e os pedidos semanais de empréstimos hipotecários e de vendas de casas pendentes de junho. Na quinta-feira, o destaque fica por conta das encomendas feitas à indústria e, na sexta-feira, do relatório de emprego de julho.

Fonte: Jornal Documento

Emissões de valores mobiliários registradas na CVM superam R$ 100 bilhões no ano

O volume de emissões de valores mobiliários registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) superou na última sexta-feira a marca de R$ 100 bilhões no ano.

O valor de R$ 102,21 bilhões foi atingindo após o registro de duas ofertas de ações no valor total de R$ 827 milhões e de mais quatro lançamentos de debêntures de R$ 4,25 bilhões.

Em comparação com o período de janeiro a julho (inteiro) de 2006, o aumento é de 36%.

O número total leva em consideração o lançamento de ações, debêntures, Fundos de Investimento em Participação (FIPs), Fundos de Investimento em Direito Creditório (FIDCs), notas promissórias, etc.

Além das ofertas de ações da Estácio Participações (R$ 313 milhões) e da General Shopping (R$ 513 milhões), foram registradas na sexta-feira as emissões de debêntures da CTBC (R$ 250 milhões), da concessionária de rodovias ViaOeste (R$ 650 milhões), da BNDESPar (R$ 1,350 bilhão) e da Safra Leasing (R$ 2 bilhões).

Fonte: UOL Economia

China eleva taxa do depósito compulsório para conter economia

A China resolveu adotar nova medida de aperto de crédito nesta segunda-feira na tentativa de abrandar o aquecimento econômico do país. A autoridade monetária chinesa elevou a taxa do depósito compulsório de 11,5% para 12%. A medida valerá a partir de 15 de agosto.

Foi a sexta vez neste ano que o banco central da China tomou a iniciativa de ampliar o depósito compulsório a fim de enxugar a quantidade de dinheiro dos bancos voltada para empréstimos.

Na nota distribuída nesta segunda-feira em sua página eletrônica, a instituição chinesa explicou que a elevação do compulsório ajudará "a fortalecer o controle da liquidez no sistema bancário e a reduzir o crescimento do empréstimo".

Fonte: UOL Economia

Mercados: Indicadores de inflação e emprego nos EUA dominam pauta da semana

A semana reserva eventos econômicos importantes para o mercado financeiro que podem ajudar a reduzir o quadro de incertezas que vem deteriorando o humor dos investidores recentemente. A atenção nos próximos dias deve ficar principalmente no cenário norte-americano, com indicadores de inflação e de emprego nos Estados Unidos ocupando o foco principal.

Nesta segunda-feira, a pauta é mais leve, restrita a eventos locais. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulga logo cedo o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de julho. Em seguida, o Banco Central (BC) traz a pesquisa de mercado com projeções sobre a economia brasileira. Na seqüência, o Ministério do Desenvolvimento informa dados da balança comercial. Ainda será conhecido o resultado primário do governo central de junho.

Amanhã, o quadro externo ganha os holofotes, com a divulgação de números sobre o gasto e a renda dos consumidores norte-americanos no mês passado. Os agentes estarão atentos ao índice de preços de gastos no consumo (PCE, na sigla em inglês) - indicador de inflação preferido do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). Ainda na terça-feira, vale destacar as informações sobre as construções e a confiança do consumidor nos EUA.

Na quarta-feira, a preocupação com o setor imobiliário norte-americano deve dar relevância aos pedidos semanais de empréstimos hipotecários e às vendas de casas pendentes de junho. Também está previsto o comportamento da atividade manufatureira dos EUA, apurado pelo Institute of Supply Management (ISM). No Brasil, será divulgado o resultado das contas do comércio exterior no sexto mês do ano.

A quinta-feira sustenta o foco dos investidores no cenário externo, com as reuniões dos bancos centrais europeu e inglês.

O último pregão da semana volta a trazer dados determinantes para o rumo dos negócios, com a divulgação do relatório do mercado de trabalho nos EUA de junho. Dados como a geração de vagas, a taxa de desemprego e os custos trabalhistas devem definir o rumo nos negócios. Na mesma sessão, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informa o desempenho da produção industrial brasileira no mês passado.

Fonte: UOL Economia

Bolsa opera em alta, após semana em que caiu quase 8%

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em alta na manhã desta segunda-feira, depois de ter encerrado a semana passada em baixa de 7,87% por conta de preocupação dos investidores com o setor imobiliário e o crédito de alto risco.

Às 12h50, o Ibovespa (Índice Bovespa, o principal da Bolsa paulista) subia 1,13%, a 53.521 pontos. O dólar comercial, por volta do mesmo horário, descia 0,11%, cotado a R$ 1,893 na venda.

Nesta semana, os investidores terão dados importantes para avaliar como anda a economia norte-americana, depois que a ameaça de desaquecimento contribuiu para a derrubada das principais Bolsas do mundo na semana passada.

Nos Estados Unidos, os relatórios mais importantes a serem divulgados são o do PCE (medida de inflação bastante monitorada pelo Federal Reserve), na terça-feira, e o de criação de postos de trabalho, na sexta-feira.

Esses relatórios podem balizar as expectativas em relação ao juro norte-americano. As apostas mais recentes apontam manutenção da taxa de 5,25% em 2007.

Dados sobre moradia nos EUA (gastos com construção e vendas pendentes de casas) serão acompanhados de perto dada a preocupação de investidores de que os problemas com crédito imobiliário se espalhem pela economia.

Na sexta-feira, o Citigroup divulgou relatório avaliando que isso não acontecerá de forma significativa. "Nossos economistas ainda esperam que os danos da crise do crédito imobiliário de risco nos Estados Unidos e a fraqueza do setor imobiliário sejam contidos. Não há mudanças grandes em nossa previsão para a política ou economia global", afirmou a maior empresa de serviços financeiros do mundo.

No Brasil, o ponto alto os números da Companhia Vale do Rio Doce , na terça-feira.

Fonte: UOL Economia

Bolsas seguem instáveis, mesmo com notícias positivas nos EUA

Os movimentos do pregão desta sexta-feira nas Bolsas de Valores de São Paulo (Bovespa) e de Nova York mostram mais um dia de incertezas nos mercados de ações, mesmo após a divulgação dados positivos sobre a economia dos Estados Unidos.

Depois de abrir em baixa, o Ibovespa (Índice Bovespa, o principal da Bolsa brasileira) passou a subir por volta das 10h15 e, desde então opera sem rumo definido.

Às 16h35, o índice tinha alta de 0,14%, a 53.969 pontos. O dólar voltou a ser vendido abaixo de R$ 1,90. Às 15h40, recuava 1,71%, cotado a R$ 1,895 na venda. Ontem, o Ibovespa registrou a terceira maior queda do ano, de 3,76%, seguindo uma turbulência que atingiu as principais Bolsas do mundo. Nesta semana o índice já caiu 6%, zerando os ganhos do mês.

O índice nova-iorquino Dow Jones 30 Industrials, o mais importante do mundo, também apresenta instabilidade nesta sexta-feira. Na Europa, as ações encerraram em baixa pelo quarto dia seguido. Na Ásia, a queda também foi forte.

Pé atrás
"O mercado está bem mais calmo que ontem, mas o pessoal ainda está com o pé atrás. Acho que vamos ter um período de 10 a 15 dias com o mercado talvez caindo mais um pouco", comentou o operador de uma corretora nacional.

Uma declaração do secretário do secretário do Tesouro dos Estados unidos, Henry Paulson, tentou acalmar os investidores. Segundo ele, a economia de seu país está avançando em um nível sustentável, e os riscos do mercado de crédito imobiliário estão em grande parte contidos.

A notícia de que a economia dos Estados Unidos cresceu 3,4% no segundo trimestre já havia repercutido de modo positivo no início dos negócios, uma vez que analistas esperavam uma expansão entre 3,2% e 3,5%. Mas, mesmo após a divulgação do dado, as Bolsas de Nova York e de São Paulo voltaram a operar no sobe-e-desce.

Os investidores seguem atentos a novas notícias relacionadas sobre crédito de alto risco e o setor imobiliário, assuntos que motivaram a venda de papéis de países emergentes ontem.

TAM se recupera
Depois de cairem mais de 15% nos dois dias que sucederam o maior acidente da história da aviação brasileira, as ações da TAM começam a se recuperar, na contramão da tensão dos mercados mundiais nesta sexta-feira.

Dos 59 papéis listados no Ibovespa, os da TAM operam entre os cinco que mais se valorizam no dia. Quem vai liderando é a Sadia, que ontem divulgou seu balanço, mostrando um crescimento de 522% no lucro do segundo trimestre.

Caiu por quê?
A instabilidade que os mercados de ações enfrentam nesta semana foi desencadeada por um conjunto de notícias que intensificaram as preocupações dos investidores. Saiba quais são as principais e por que elas afetam as Bolsas de Valores.

Analistas ficam divididos
A duração da turbulência nos mercados de ações divide analistas. A tensão está "bastante localizada" e não corre perigo de se transformar em uma crise sistêmica, segundo Mathilde Lemoine, economista-chefe do HSBC em Paris. Já Ricardo Amorim, diretor do banco WestLB, diz que "o medo de essa bolha (imobiliária) estourar existe e é isso que vai deixar o mercado volátil nos próximos meses"

Fonte: UOL Economia

Entenda a instabilidade dos mercados de ações

A instabilidade que os mercados de ações vivem nesta sexta-feira, sucedendo a turbulência que derrubou as principais Bolsas de Valores do mundo ontem, foi desencadeada por um conjunto de notícias que intensificou as preocupações dos investidores nos últimos dias.

A ameaça de crise nos setores de imóveis e de crédito de alto risco nos Estados Unidos estava entre os principais motivos das leves baixas que as Bolsas norte-americana vinham registrando nos últimos meses, entre uma e outra seqüência de altas.

Nesta semana, analistas de mercado foram surpreendidos por dados negativos sobre o setor de imóveis nos EUA, além de notícias decepcionantes envolvendo fundos de alto risco e resultados trimestrais de empresas multinacionais.

Crise imobiliária
Na terça-feira, a Countrywide Financial, maior empresa dos Estados Unidos de financiamento imobiliário, anunciou que seu lucro caiu 33% no segundo trimestre. Multinacionais de outros setores ajudaram afastar os investidores ao divulgarem balanços trimestrais abaixo do previsto, incluindo a USG, fabricante de materiais para construção e, portanto, relacionada ao setor de imóveis.

Na quarta, a Associação Nacional de Agentes de Bens Imobiliários dos EUA divulgou que a venda de casas usadas em junho caiu 3,8%, chegando ao nível mais baixo desde 2002.
Ontem, mais duas bombas aumentaram preocupação com o setor de imóveis. Primeiro, a notícia de que a venda de imóveis novos recuou 6,6% no mesmo mês. Depois, a de que a maior construtora norte-americana, a D.R. Horton, amargou prejuízo líquido de US$ 823,8 milhões no terceiro trimestre fiscal de 2007.

Nos Estados Unidos, o setor imobiliário tem um forte peso no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). Ameaças de crise nesse segmento costumam provocar receio de desaquecimento (ou, em alguns casos, retração) da economia.

Crédito de segunda linha
Os créditos de alto risco, considerados de segunda linha e chamados de "subprime", tornaram-se mais preocupantes quando o grupo australiano Absolute Capital suspendeu temporariamente os resgates de dois de seus fundos: o Absolute Yield Strategies Funds e o Capital Yield Strategies Fund NZD.

Analistas já vinham demonstrando preocupações com o mercado de crédito nas últimas semanas. A notícia sobre o fundo australiano, somada ao pessimismo em relação ao setor imobiliário, provocou o que os investidores chamam de "aversão ao risco" -decisão de se exporem menos a aplicações arriscadas.

A série de notícias negativas levou investidores a venderem seus papéis de risco (o que inclui ações, principalmente as de países emergentes) e comprarem títulos do Tesouro dos Estados Unidos, considerados o investimento mais seguro do mundo.

Fonte: UOL Economia

Análise: Crise envelhece ata do Copom do BC

Publicada ontem (26/07/2007), a ata da reunião do Copom do Banco Central realizada na semana passada poderá envelhecer precocemente se a turbulência nos mercados não for somente um "ajuste de portfólios" destinado a sanear os "hedge funds", sem afetar o lado real da economia americana, como supõe a maior parte dos analistas.

Os economistas confiam em uma recuperação. Mas não conseguem esconder a preocupação decorrente da ferocidade com que os mercados se deterioraram ontem. Ela indica que os tesoureiros e gestores não sabem ao certo ate onde a crise pode ir. Se tivessem a certeza de que o terremoto seria breve, não teriam queimado ativos com a pressa denunciadora de dias piores.

Nesse caso, o Copom terá de rasgar a clara sinalização de que em sua própria reunião irá reduzir a velocidade de queda da Selic do 0,50 ponto praticado nos dois últimos encontros para 0,25 ponto.

Os quatro diretores vitoriosos, os que fixaram o juro básico em 11,50%, ampararam seu voto na suposição de que as importações compradas com dólares baratos impediriam a demanda aquecida de provocar inflação. O argumento cairá rapidamente por terra se a moeda persistir em alta acelerada. Como a política oficial de combate à inflação é baseada em uma âncora cambial, induzida sobretudo pelo juro real elevado, o BC perderá o controle da política monetária se o dólar subir por pânico de uma contração geral do crédito no mundo.

Nesses momentos, pouco importa a rentabilidade, por maior que seja, paga por um país emergente que logo pode ver seus fundamentos se degradarem rapidamente. As reservas internacionais brasileiras, de US$ 154,61 bilhões, mais do que suficientes para quitar a dívida externa que conta, a de médio e longo prazo, no valor de US$ 148 bilhões, podem cair dramaticamente no caso de persistir o "vôo para a qualidade".

O pesado tombo sofrido ontem pelos juros dos títulos de dez anos do Tesouro americano, de 4,91% para 4,76%, mostra que o vôo foi uma arremetida pânica.

O BC tenta manter a calma. Mesmo com o dólar em expressiva alta, não deixou ontem de fazer o seu costumeiro leilão de compra das 15h30. Aceitou quatro propostas, pagou R$ 1,9250 e recolheu apenas US$ 65 milhões. Secretamente, torce para que não tenha de inverter a mão e passar a realizar leilões de venda. Na hipótese de instalação de uma grave crise de crédito, terá de recomprar os swaps reversos de instituições apuradas que, antes, esperavam lucrar muito com a derrocada do dólar. O estoque desses papéis é significativo, de US$ 23,26 bilhões.

Como a maioria do mercado - que ainda não vê a possibilidade de a retração de crédito que abala os mercados desencadear uma recessão na economia americana capaz de arrastar a chinesa e a mundial -, o Tesouro Nacional também acredita que a tormenta de ontem é passageira. Tanto que, para não ter de pagar juros muito elevados para a venda de seus papéis prefixados (LTN e NTN-F) cancelou o leilão primário marcado para ontem, invocando, segundo nota, "as condições vigentes no mercado financeiro".

Se o que aconteceu ontem foi mesmo somente um "ajuste de portfólio", logo as taxas cairão, e ele poderá colocar seus papéis. Se não foi apenas isso, perdeu uma excelente chance não só de vendê-los como a juros baixos. No caso de grave crise não conseguirá vender prefixado a juro nenhum.

Como o Tesouro, o BC torce para que seja tão-somente um "ajuste" porque se ele rodar o seu modelo econométrico de inflação com dólar a R$ 2,00 - a moeda fechou ontem a R$ 1,9270 -, a meta de inflação irá estourar o centro de 4,5% para 2008 se a Selic continuar caindo.

Essas preocupações invalidam a ressurreição do Código de Bevilaqua feito ontem pela ata da Copom. Antes do uso da divergência artificial contida nos placares do Copom como sinalizadora de suas intenções para o próximo encontro, o BC se servia do código criado pelo ex-diretor de Política Econômica, Afonso Bevilaqua, de inclusão e retirada do adjetivo "maior" ao substantivo " parcimônia " para indicar os ânimos do Comitê. A ata de ontem agregou o maior ao parcimônia, o que não fazia desde novembro.

O DI futuro não respeitou essa indicação de que a Selic cairá 0,25 ponto em setembro. A curva futura, considerando os seus extremos mais negociados - outubro de 2007 e janeiro de 2010 - ficou quase plana. O primeiro contrato projetou taxa de 11,30% e o segundo, de 11,25%. Os estrangeiros estão saindo da parte longa da curva, ainda com lucro.

Fonte: UOL Economia

27/07/2007

Bolsa opera em fortes oscilações, em dia de incertezas

Os primeiros movimentos do pregão desta sexta-feira na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) mostraram que se inicia mais um dia de incertezas nos mercados de ações.

Depois de abrir em baixa, o Ibovespa (Índice Bovespa, o principal da Bolsa brasileira) passou a subir por volta das 10h15 e, desde então opera sem rumo definido (veja gráfico).

Às 11h30 o Ibovespa (Índice Bovespa, o principal da Bolsa brasileira) subia 0,75%, a 54.298 pontos. O dólar, no mesmo horário, recuava 1,24%, cotado a R$ 1,904 na venda.

Ontem, o índice de ações registrou a terceira maior queda do ano, de 3,76%, seguindo uma turbulência que atingiu as principais Bolsas do mundo.

Os investidores seguem atentos a novas notícias relacionadas sobre crédito de alto risco e o setor imobiliário, assuntos que motivaram a venda de papéis de países emergentes ontem.

A notícia, divulgada pelo governo norte-americano, de que a economia dos Estados Unidos cresceu 3,4% no segundo trimestre ajudou a acalmar os investidores no início dos negócios. Analistas esperavam uma expansão entre 3,2% e 3,5%.

O índice nova-iorquino Dow Jones 30 Industrials, o mais importante do mundo, abriu em leve alta, mas logo depois passou a oscilar em torno da estabilidade.

Na Ásia, os mercados de ações fecharam em forte queda, em decorrência da turbulência que afetou as Bolsas do mundo ontem.

Fonte: UOL Economia

Lucro líquido da Sadia salta 522% no segundo trimestre, para R$ 109,5 milhões

O lucro líquido da Sadia no segundo trimestre deste ano saltou para R$ 109,5 milhões, contra R$ 17,573 milhões verificados no mesmo intervalo de 2006, o que representa aumento de 522,4%. Com isso, a companhia acumulou na primeira metade deste ano ganho líquido de R$ 205,5 milhões, o que equivale a um aumento de 143,1% ante igual semestre do ano passado, quando lucrou R$ 84,536 milhões.

Na comparação trimestral, a receita bruta da empresa foi de 2,307 bilhões, com elevação de 29,07% ante o segundo trimestre de 2006. Em termos líquidos, a receita subiu 31,4%, para R$ 2,018 bilhões. Neste mesmo intervalo, o Ebtida (lucro antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) elevou-se 236,7%, para R$ 229,3 milhões. No semestre, esse indicador cresceu 205,6%, para R$ 460,7 milhões.

No período entre janeiro e junho, a receita operacional bruta atingiu R$ 4,470 bilhões, com aumento de 26,6% em relação ao mesmo semestre do ano passado. Já o faturamento líquido aumentou 28,6% no período, para R$ 3,912 bilhões. Em vendas físicas a empresa afirma que a expansão foi de 13,4% no período, para 1,01 milhão de toneladas.

Conforme a companhia, esse resultado semestral é explicado pelo aumento das exportações de carnes e aves e da venda interna de produtos industrializados. As vendas totais ao exterior subiram 41,2% e somaram R$ 2,08 bilhões, com alta de 23% no volume físico.

Também teve grande contribuição no resultado o faturamento com o mercado doméstico, onde as vendas aumentaram 16,1%, para R$ 2,3 bilhões, e cresceram 3,8% em volume. De acordo com a companhia, os dados do semestre mostram que o mercado interno respondeu por 45,6% das vendas.

Fonte: UOL Economia

Mantega: Brasil está sólido e mercados não preocupam

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a turbulência pela qual passa o mercado financeiro não preocupa, pois o Brasil está em posição mais sólida e tem armas para se defender. Uma delas é o câmbio flutuante, que se ajusta aos fluxos financeiros e trabalha como uma espécie de freio em movimentos de saída de recursos. "Podemos afirmar hoje que o câmbio é flutuante", disse Mantega.

Para ele, os movimentos negativos do mercado internacional hoje têm como epicentro o mercado imobiliário de segunda linha dos Estados Unidos. Segundo Mantega, a turbulência contaminou os mercados de diversos países porque há uma grande alavancagem (endividamento) dos investidores que têm realizado operações de carry trade (operações em que o investidor capta recursos em mercados de juros baixos e aplica em mercados com rentabilidade mais elevada).

Mantega mencionou que problemas em um grande fundo australiano fizeram com que investidores começassem a desfazer posições e buscar refúgio em títulos norte-americanos que tem baixo risco. "Não sabemos qual a dimensão dessa crise. Aliás, não sei se posso falar em crise. Prefiro falar em turbulência", disse o ministro.

Um dos fatores que Mantega citou como defesa do País é o superávit em conta corrente do balanço de pagamentos. "Os países que têm saldo negativo na conta corrente é que têm problemas, porque precisam captar recursos externos para fechar suas contas e o movimento agora é de falta de capitais", afirmou o ministro. Ele disse que a conta de capitais do balanço de pagamentos brasileiro também tem desempenho positivo, ajudando o País a enfrentar sem maiores problemas essa situação.

Fonte: UOL Economia

26/07/2007

Bovespa vai caindo mais de 5%; Nova York impõe limites para evitar queda maior

A Bolsa de Valores de São Paulo despenca na tarde desta quinta-feira, acompanhando a forte queda nos mercados dos Estados Unidos.

Às 15h, o Ibovespa (Índice Bovespa, o principal da Bolsa paulista) recuava 4,7%, a 53.370 pontos. Nesse momento, todas as 59 ações do índice operavam em baixa.

Pouco antes, por volta do meio dia, a Bolsa de Valores de Nova York caía mais de 2% e impôs limite aos negócios para evitar desvalorização maior. O dólar avançava 2,57%, também às 15h, cotado a R$ 1,915 na venda.

Se fechar nesse patamar, a Bolsa brasileira perde todos os ganhos obtidos no mês, que, até segunda-feira, acumulavam alta de quase 7%.

Na Europa, as principais Bolsas fecharam em baixa, afetadas pelas notícias vindas dos Estados Unidos.

Indícios de pioras no mercado de crédito de segunda linha, o chamado "subprime", aumentam a aversão dos investidores ao risco. Preocupação com o setor imobiliário também contribui para a queda. Ainda, um aumento do preço do petróleo ajudava a puxar para baixo os mercados de ações.

Crédito
A notícia de que dois fundos de "hedge" suspenderam resgates provocou receio nos investidores, que passam a reduzir sua exposição a riscos e vendem os papéis que possuem nos mercados emergentes, como o Brasil.

"As questões dominantes no mercado hoje são a alta do petróleo e os problemas com crédito associado aos empréstimos de menor qualidade", resumiu Subodh Kumar, estrategista-chefe de investimentos da Subodh Kumar & Associates, em Toronto.

"Os mercados vão focar mais em crédito e petróleo, e vamos ter mais fraqueza nesta sessão", acrescentou.

Crise imobiliária
As vendas de residências novas nos Estados Unidos caíram de 893 mil em maio para 834 mil em junho, na taxa anualizada (valor do mês transposto para um número anual). A previsão de economistas era de que o número subisse para 900 mil. O dado aumenta a preocupação com crise no setor imobiliário norte-americano.

Ainda, os preços do petróleo subiam em Nova York e aumentavam o receio de que a energia mais cara venha a reduzir o gasto dos consumidores. Também contribuiu para a queda das Bolsas a divulgação, pelo governo norte-americano, de um relatório mostrando aumento menor do que o esperado nas encomendas de bens duráveis em junho nos EUA.

Fonte: UOL Economia

Dia "Negro" na Bovespa

Dia de forte queda na Bovespa, que cai mais de 5,5%, e nas bolsas no mundo inteiro, incluindo as americanas com queda de mais de 2%.
Todas as 60 ações que compõem o índice ibovespa apresentam forte queda hoje, principalmente a Vale e a Petrobras que são as ações mais representativas do índice.

É esperar para ver até que ponto essa queda vai, será uma repetição da época da crise da china que logo reverteu para cima e quebrou uma série de recordes ou será o fim da tendência de alta da bovespa?

Eu acredito que é uma queda temporária, influenciada principalmente pela crise do Subprime Americano.

Conheça as empresas que mais vão pagar dividendos em 2007, segundo o UBS

Além do recuo na rentabilidade de outras formas tradicionais de investimento, diversos analistas vêm colocando a opção de ingressar no mercado acionário como atrativa quando se considera um horizonte de longo prazo. Para quem ainda tem certa rejeição ao grau de risco da bolsa, é importante saber que os ganhos não são definidos somente pela variação positiva das ações.

Se o investidor ainda não se encaixa no perfil do mercado de renda variável, uma alternativa interessante é focar nas oportunidades com os proventos. Ou seja, em empresas com políticas agressivas de distribuição de lucros. As companhias que possuem bom histórico de dividendos e baixa volatilidade diminuem os riscos que envolvem a aplicação em bolsa.

Os dividendos ou juros sobre o capital próprio pagos pelas empresas representam uma renda que entra diretamente no bolso do acionista, independente do desempenho das ações no mercado. Vale destacar, no entanto, que só pagam bons proventos empresas lucrativas.

Top 10

Dados divulgados nesta terça-feira (24) pelo banco de investimentos UBS Pactual podem auxiliar na caça pelas melhores opções da Bovespa do ponto de vista de distribuição de proventos.

Dentre os dez maiores dividend yield - retorno de dividendos - esperado para 2007 dentro de seu universo de cobertura, o destaque ficou com o setor elétrico, liderado pela Eletropaulo com 11,6%. Ante a média de 2,4% das empresas listadas na Bovespa acompanhadas por seus analistas.

Confira as 10 maiores projeções do UBS em proventos:

Empresa Código Dividend yield*
Eletropaulo ELPL6 11,6%
Coelce COCE5 9,5%
Telesp Fixa (PN) TLPP4 9,5%
Transmissão Paulista TRPL4 9,5%
Telesp Fixa (ON) TLPP3 8,8%
AES Tietê GETI4 8,6%
Equatorial EQTL11 8,3%
Terna Participações TRNA11 6,5%
CPFL Energia CPFE3 5,9%
Brasil Telecom BRTO4 5,8%
*Para 2007

Fonte: UOL Economia

Comprar no supermercado ficou 1,98% mais caro em junho, aponta Abras

Os preços praticados pelos supermercados no sexto mês do ano tiveram um crescimento real de 1,98% frente a maio. Já na comparação com junho de 2006, houve aumento real de 5,83%.

Conforme divulgou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) nesta quarta-feira (25), a cesta básica fechou o mês passado cotada a R$ 208,38.

Vale lembrar que as variações do Índice ABRASMercado, que mede o preço de uma cesta com 35 itens, são deflacionadas pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE no período.

Preços dos produtos

Entre os itens que mais influenciaram o resultado na comparação mensal, a Abras destaca o leite longa vida (+16,76%), o queijo mussarela (+11,38%) e o queijo prato (+10,92%).

Considerando as quedas de preço, as mais significativas ocorreram com o açúcar (-6,38%), o tomate (-4,56%) e a batata (-3,90%).

Análise regional

Na avaliação regional, o Nordeste apresentou o menor valor no sexto mês do ano: R$ 171,34. Em seguida, vêm o Centro-Oeste (R$ 198,56), Sudeste (R$ 204,34), Norte (R$ 218,40) e o Sul (R$ 240,44), com o maior valor.

Ainda segundo o levantamento, os destaques estaduais ficaram com Brasília (R$ 243,79) e Interior do Paraná (R$ 233,40). Por outro lado, Goiânia (R$ 162,75) e Cuiabá (R$ 176,86) apresentaram os menores valores para a cesta.

Metodologia

Para acompanhar os gastos familiares nos supermercados do País, a Abras leva em conta a variação de preço de produtos de largo consumo, distribuídos pelos segmentos de alimentos (o que inclui cerveja e refrigerante), higiene, beleza e limpeza doméstica.

Fonte: UOL Economia

Crédito imobiliário: parcelas fixas ou variáveis? Risco deve ser considerado

Desde o final do ano passado, com o lançamento do pacote habitacional pelo governo, foi criada a possibilidade de financiamento imobiliário com parcelas fixas - ou, em outras palavras, sem a incidência da taxa referencial (TR) sobre o saldo devedor.

No âmbito do Sistema Financeiro Habitacional (SFH), o juro máximo a ser praticado pelos bancos para o empréstimo é de 12% ao ano, mais a variação da TR. Sem essa atualização monetária, as instituições são liberadas a cobrar juros maiores, como forma de "compensar" a isenção da taxa.

Para quem vai comprar um imóvel, portanto, fica a questão: compensa pagar juros maiores ou optar pelo crédito em parcelas variáveis? José Vieira Dutra Sobrinho, especialista em matemática financeira, entende que essa é uma opinião pessoal do mutuário, mas que, antes de uma decisão, é necessário avaliar os diversos aspectos do assunto.

Com e sem TR

Supondo que um banco ofereça o financiamento pré-fixado com taxa de 12% ao ano e o pós-fixado em 10% ao ano, mais a TR. "Com a TR, a percentagem anual seria de 11,76%, uma economia menor que meio ponto percentual em um ano", explicou. De qualquer maneira, mesmo que a diferença seja um pouco maior, o risco deve ser levado em consideração.

"O prazo do financiamento é muito longo, de 20, 30 anos. Nesse tempo, pode haver uma crise externa ou interna, mesmo que de baixas proporções, o que pode fazer com que seja necessário aumentar a taxa de juros (Selic, atualmente em 11,5% ao ano), o que, consequentemente, vai fazer a TR subir", explicou Dutra.

Dessa forma, o mutuário que optou, no passado, pelo financiamento com parcela variável confiando em uma TR estável, verá suas parcelas serem corrigidas para valores maiores do que o esperado. Já aqueles que optaram pela fixa, não sentirão essa influência.

"No ano passado a TR fechou em 2,03%, este ano deve cair para 1,6% e, no ano que vem, pode chegar a 1%. Mas isso apenas porque a economia está estável. Existe um risco, mesmo que pequeno, que isso não ocorra no futuro", adicionou o especialista.

"Debandada"

O superintendente-técnico da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), José Pereira Gonçalves, não acredita que haverá uma "debandada" das parcelas variáveis para as fixas. "Há muitos produtos disponíveis nos bancos e cada um se encaixa a um determinado perfil", afirmou.

Em sua avaliação, a criação das prestações sem a incidência da TR mostra uma confiança dos bancos, "As parcelas fixas são um grande avanço em termo de crédito imobiliário, porque empresta-se um dinheiro por um período longo, de 20, 30 anos, confiando que a economia estará estável o suficiente nesse tempo", finalizou.

Fonte: UOL Economia

Aparelhos em stand by encarecem em até 20% a conta de luz

A luz vermelha que indica que o eletrodoméstico está ligado na tomada significa mais gastos para o seu bolso. Isso porque aparelhos em modo stand by consomem energia e são responsáveis por um valor entre 15% e 20% da conta de luz, segundo afirmou Dino Lameira, engenheiro do Inmetro.

"Eles ficam conectados à tomada e à rede elétrica e, por isso, consomem energia. O aparelho da TV a cabo e o carregador de bateria do celular, por exemplo, ficam até quente porque estão puxando energia", disse Lameira.

Ainda de acordo com ele, o ato de desligar o aparelho mexe com o conforto do consumidor, que tem que ir até a tomada. Por este motivo, é difícil mudar o hábito e economizar. "O conselho que dou é que as pessoas desliguem o aparelho tanto quanto for possível".

Simulador

Para que você tenha noção de quanto gastam os eletrodomésticos em modo stand by, veja a simulação* feita pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste) com os aparelhos ligados 24 horas durante 30 dias.

Aparelho Potência (W) Gasto mensal (R$) Gasto anual (R$)
Televisão 7 1,49 17,88
Videocassete 12 2,55 30,60
Rádio relógio 2 0,43 5,16
Forno de microondas 5 1,06 12,72
Recarregador de bateria 3 0,64 7,68
Secretária eletrônica 3 0,64 7,68
Telefone sem fio 4,5 0,96 11,52
Micro system 6 1,28 15,36
Som portátil 2,5 0,11 1,32
Total - 9,16 109,92
Fonte: Pro Teste *Com base na tarifa de energia de junho de 2006 da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica)
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Fonte: UOL Economia

Aversão a risco dispara e Bovespa cai mais de 3%

A Bolsa de Valores de São Paulo registrava forte queda nos primeiros minutos do pregão desta quinta-feira, diante da intensificação das preocupações com o mercado de crédito nos Estados Unidos.

O risco-país disparava 15 pontos e ficava perto de 200 pontos-básicos e na Europa o índice FTSEurofirst 300 atingiu o menor patamar em três meses.

Às 10h14, o Ibovespa recuava 3,46 por cento, para 54.063 pontos, apagando o ganho do mês.

Fonte: Reuters

BC revê para baixo estimativas sobre preços, mas ainda fala em "parcimônia"

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central revisou para baixo a estimativa sobre os preços de alguns dos mais importantes itens que influenciam a inflação do país. A instituição explica que o cenário externo está contribuindo para manter os preços sob controle.

Indícios de que a autoridade monetária reduz seu receio de inflação criam expectativa de que os cortes na taxa básica de juros, a Selic, não diminuam o ritmo. Isso tende a gerar otimismo no setor produtivo e nos investidores do mercado de ações. Mas a instituição ressaltou que seguirá vigilante aos preços devido à demanda interna robusta e aos efeitos dos cortes passados da Selic.

As informações constam da ata do Copom, documento que relata a reunião de diretores do Banco Central que aconteceu nos dias 17 e 18 de julho, em que se decidiu baixar a taxa básica de juros de 12% ao ano para 11,5%. Na ocasião, quatro membros votaram por um corte de 0,5 ponto percentual, e três por um de 0,25 ponto.

Em baixa
Na ata, divulgada nesta quinta-feira, o Copom anuncia que ampliou ainda mais sua previsão de reajuste negativo das tarifas residenciais de eletricidade em 2007. A estimativa foi de retração de 0,9% em junho para queda de 3,6% na avaliação feita em julho.

O órgão baixou sua previsão de alta do conjunto dos chamados preços administrados, aqueles monitorados pelo governo. A estimativa na reunião anterior do Copom, em junho, era de alta de 3,6% no ano; a nova projeção é de 3,2%. Para 2008, a expectativa de alta passou de 4,8% para 4,5%, em cálculo que leva em conta, entre outros fatores, componentes sazonais, variações cambiais e inflação.

Os preços administrados tiveram peso de 31% sobre a alta de junho do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial de medição da inflação. A meta do governo é encerrar o ano com alta de 4,5% no IPCA (com tolerância de dois ponts percentuais, para cima ou para baixo), número que vale para 2007, 2008 e 2009.

Para a gasolina e o gás de cozinha, o Copom manteve a previsão de reajuste zero em 2007, apresentada desde janeiro. Mas a instituição admitiu que há uma elevação "relevante" dos preços do petróleo desde a reunião de junho - atribuída novamente a "mudanças estruturais no mercado energético mundial" e à incerteza geopolítica. "Dentro dessa perspectiva, a persistirem as tendências observadas nas últimas semanas, o cenário central de trabalho adotado pelo Copom, que prevê preços domésticos da gasolina inalterados em 2007, poderia se tornar menos plausível", ressalva o Copom.

Parcimônia
No documento, o Copom cita que, "a partir de determinado ponto", a flexibilização da política monetária pedirá uma maior parcimônia. "As influências de fatores externos e internos sobre o balanço de riscos para a trajetória esperada da inflação continuaram atuando em direções opostas", afirmou a ata.

"A conjuntura internacional favorece a contribuição do setor externo para a manutenção de um cenário inflacionário benigno. Por outro lado, a demanda doméstica se expande a taxas cada vez mais robustas, sustentando a recuperação da atividade econômica."

Nesse cenário, o Copom continuará "vigilante". O colegiado do Banco Central lembrou que as decisões de política monetária terão efeitos limitados sobre 2007 --devido ao tempo que levam para chegar à economia real--, influenciando mais no ano que vem.

"Tendo em vista os estímulos já existentes para a expansão da demanda agregada, as incertezas que cercam os mecanismos de transmissão da política monetária, a aproximação progressiva entre a taxa básica de juros corrente e as taxas de juros que deverão vigorar em equilíbrio no médio prazo e os cortes já implementados, os membros do Copom entendem que, a partir de um determinado ponto, a flexibilização da política monetária passe a ser conduzida com maior parcimônia."

O BC elevou sua previsão para a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2007, sob o cenário de referência, que engloba dólar a R$ 1,90 e Selic de 12%. Apesar disso, o prognóstico segue abaixo do centro da meta, de 4,5%.

Os membros dissidentes viram que um corte menor contribuiria para estender o processo de flexibilização monetária, dadas as incertezas sobre a transmissão das reduções passadas sobre o crescimento da renda e da demanda doméstica.

Fonte: UOL Economia

Temores com mercado de crédito pressionam queda nas bolsas européias

As principais bolsas da Europa sustentam a trajetória negativa da última jornada nesta quinta-feira. A preocupação com os efeitos dos problemas enfrentados no setor de crédito dos Estados Unidos continua minando o humor dos investidores nos pregões europeus.

Tal apreensão prevalece sobre os resultados positivos apresentados por empresas como Royal Dutch Shell e ABB.

Instantes atrás, o londrino FTSE-100 cedia 1,46%, aos 6.359,90 pontos. Em Paris, o CAC-40 recuava 1,83%, aos 5.730,16 pontos. O DAX, de Frankfurt, perdia 1,50%, aos 7.577,32 pontos.

Fonte: UOL Economia

25/07/2007

Infraero pode captar R$ 2 bilhões com lançamento de ações na Bolsa

O governo avalia a possibilidade de, em seis meses, abrir o capital da Infraero para facilitar investimentos no setor aeroportuário. Esse foi um dos principais pontos da reunião de quatro horas realizada no final da tarde e início da noite de segunda no Planalto.

Pelos cálculos do governo, a abertura de 20% a 25% do capital da estatal poderá significar R$ 2 bilhões para a Infraero, que serão somados aos R$ 3,2 bilhões de investimentos previstos no PAC no período de 2007-2010.

Foi a segunda reunião, em menos de uma semana, entre a Junta Orçamentária de governo (composta pelos ministros Guido Mantega, Paulo Bernardo, Dilma Roussef e Walfrido dos Mares Guia) com o presidente Lula e o ministro da Defesa, Waldir Pires. Horas antes do acidente da TAM, na terça passada, Pires já havia discutido com seus colegas de governo a necessidade de novos investimentos do setor.

A tragédia do acidente da TAM e a necessidade de apresentação de resultados concretos diante do caos aéreo aceleraram a discussão de investimentos na área. O governo quer aproveitar o bom momento da economia internacional. "Está jorrando dólar no Brasil", confirmou um dos participantes do encontro. Fontes do Planalto lembram que, somente nesse ano, 40 empresas seguiram o mesmo caminho, com pleno êxito.

Por ser uma empresa estatal, a abertura de capital pode ser feita por intermédio de um projeto de lei a ser encaminhado ao Congresso e aprovado por Câmara e Senado. Antes, no entanto, ela precisa ser transformada de estatal em empresa de economia mista já que, a exemplo da Caixa Econômica, a Infraero tem 100% de capital da União.

Uma fonte ouvida pelo Valor afirmou que durante o primeiro governo Lula a idéia de abertura de capital da Infraero já havia sido cogitada. Um esboço de projeto de lei teria sido enviado à Casa Civil e contaria com a simpatia da titular da pasta, Dilma Rousseff.

Outro empecilho é político. Assessores do Planalto lembram que setores do PT e da oposição poderão questionar a medida, apesar de ela ser positiva para injetar mais recursos na Infraero. Temem que esses setores acusem o governo de querer privatizar a estatal que controla os aeroportos brasileiros.

Integrante da CPI do Apagão Aéreo, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) admite que não existe uma opinião formada dentro da bancada ou no partido sobre a questão. Mas adianta que, pessoalmente, não acredita ser essa a melhor saída no momento. "Aviação civil é um setor estratégico e, em nosso entendimento, deve estar centralizado nas mãos do governo" .

O petista lembra que, se existe escassez de recursos para investimentos, o governo poderia recorrer ao regime de concessões ou às Parcerias-Público-Privadas (PPPs). "Se você abre o capital de uma empresa, ela passa a ter que buscar lucro, para atender a demanda de seus acionistas", reforçou Zarattini. "Se isso acontecer, só haverá investimentos nos aeroportos do Centro-Sul, jamais em regiões deficitárias", acrescentou o parlamentar.

Outra mudança necessária é tornar a Infraero atraente aos investidores. Para isso, ela precisa passar por um processo de "governança corporativa, com uma gestão mais profissional", confirmou um integrante do governo. Mas alterações na estatal só acontecerão após a substituição de Waldir Pires no Ministério. Ontem, cresceu mais ainda o nome de Paulo Bernardo como novo ministro da Defesa. "Ele é hábil, tem confiança do presidente, bom negociador e tem todas as condições de implementar com rapidez as medidas que o setor necessita", assegurou um ministro próximo do presidente.

O governo também deve incluir o Ministério da Justiça no rol de Ministérios que compõem o Conselho de Aviação Civil (Conac). Ontem foi publicado no Diário Oficial o Decreto Presidencial incluindo o ainda ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, no Conac.

Fonte: UOL Economia

Empresários sugerem a Mantega fim de isenção de IR na compra de títulos por estrangeiro

Com uma preocupação antiga e, ao mesmo tempo, atual, sete empresários visitaram hoje o gabinete do ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Viemos discutir o aumento de pressão desse grande fluxo de recursos externos que está ingressando no país", sintetizou o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto. Segundo o ministro, foi apenas uma "discussão", sem resultados concretos.

"Não trouxemos uma solução", confirmou Monteiro. "Há várias propostas, não cabe discutir uma por uma", explicou o diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Roberto Giannetti da Fonseca.

Ele afirmou, porém, ter sugerido uma alternativa para adoção do governo. "Deixamos claro que somos contra a isenção de Imposto de Renda sobre capital externo para investimentos em títulos da dívida pública", medida que está em vigor desde fevereiro de 2006. "Sempre fomos contra", afirmou Giannetti, completando que o ministro da Fazenda ficou de avaliar o pedido de revogação da medida.

"É preciso tomar alguma medida para aumentar a demanda de dólares, e reduzir a oferta de reais", insistiu Giannetti. Mas não adiantou de que forma isso poderia ser feito. Ele apenas clareou quais são as restrições da Fiesp.

Tanto ele quanto o presidente da CNI destacaram que o centro da questão é a perda de competitividade das exportações brasileiras no mercado internacional, que se agrava com a forte e constante valorização do real frente ao dólar americano. "Os fatos contribuem para que essa preocupação antiga, se torne mais viva", disse o presidente da CNI. Ele citou análise recente, que aponta queda no superávit das exportações de manufaturados. "Essas exportações vêm perdendo fôlego", afirmou Monteiro.

"O governo tem que ter consciência do que está acontecendo, para nos ajudar a superar esta fase", afirmou Giannetti. Mas, em seguida, ele comentou sobre as dificuldades da questão. "Sabemos que não há solução mágica", disse o empresário, "mas demos sugestões". Ele disse acreditar que o diálogo com o governo pode facilitar.

"Há inúmeras medidas de naturezas regulatória e tributária que podem melhorar a competitividade brasileira", afirmou Giannetti. "Reconhecemos que é uma questão complexa, mas envolve um processo permanente de troca de informações entre empresários e governo", completou Monteiro, "porque essa questão do setor externo é agravada não só pelo câmbio, mas também por alguns problemas do chamado custo Brasil".

Giannetti disse que os empresários analisaram, junto com Mantega, os efeitos da enxurrada de dólares que está entrando no país, "em volume absolutamente anormal, que está gerando sobrevalorização excessiva do câmbio".

Mantega, que abriu a agenda para atender a pedido da CNI sobre a reunião, não deu muitos detalhes. "Fizemos uma reunião com vários empresários, discutimos vários assuntos, principalmente a questão do quadro atual das exportações, do fluxo de capital externo e Reforma Tributária", afirmou.

Fonte: UOL Economia

Banco chinês se torna o maior do mundo em valor de mercado

O Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) superou o Citigroup e se tornou o maior do mundo em valor de mercado, avaliado em US$ 254 bilhões, devido às fortes altas das Bolsas chinesas, disse hoje a imprensa da China.

A Bolsa de Xangai subiu ontem 3,81%, até 4.213,36 pontos, seu fechamento mais alto desde 21 de junho. As ações do ICBC de tipo A (em iuanes) subiram até 5,75 iuanes por título, informou hoje o jornal "South China Morning Post", de Hong Kong.

As ações do banco em Xangai subiram 2,68%. Assim, o seu valor total em bolsa chegou a US$ 254 bilhões. No mesmo dia, as ações do Citigroup em Wall Street subiram 1%, até US$ 51,23. Assim, a sua capitalização ficou em US$ 253,3 bilhões.

O HSBC Holdings está em terceiro lugar, com valor de mercado de US$ 215 bilhões.

O ICBC lançou suas ações nas bolsas de Xangai e Hong Kong em outubro do ano passado, na maior oferta pública de valores até o momento. Os títulos se valorizaram 15% no último mês, um período de forte crescimento dos lucros dos bancos chineses, destacou hoje o jornal "Shanghai Daily".

"Como o setor financeiro é o mais representativo de uma economia, as altas dos bancos chineses estão bem fundamentadas. Os investidores têm razão ao adquirir suas ações", afirmou o analista Cheng Weiqing, da corredora CITIC Securities.

O ICBC revelou no início do mês que seus lucros na primeira metade do ano aumentaram mais de 50%, até pelo menos 37,6 bilhões de iuanes (US$ 4,97 bilhões).

Fonte: UOL Economia

Procon-SP: cartões lideram as reclamações dos assuntos financeiros no 1° semestre

Levantamento divulgado nesta terça-feira (24) pela Fundação Procon-SP revela que os cartões de crédito e de loja foram as principais causas de reclamação dentro da área de assuntos financeiros no primeiro semestre do ano, quando foram registradas 3.929 ocorrências, sendo 1.674 (42,60%) referentes aos plásticos.

Os principais problemas se referiam à cobrança indevida, divergências com o contrato (não cumprimento, alteração, transferência, irregularidade, rescisão etc), lançamentos não reconhecidos na fatura e envio de cartões sem solicitação. No mesmo período de 2006, houve 2.922 reclamações, das quais 1.105 (37,81%) se referiam aos cartões.

Bancos e financeiras

Ainda na área de assuntos financeiros, as 1.004 reclamações contra bancos (que representam 25,55% do total) vieram em segundo lugar. Na seqüência, ficaram as financeiras (9,23%), cartões de desconto (6,71%) e seguros (5,87%).

Considerando as sete áreas analisadas pelo Procon-SP (serviços essenciais e privados, assuntos financeiros, produtos, saúde, habitação e alimentos), percebe-se que o número de reclamações cresceu 28,32% no primeiro semestre deste ano (15.994), frente ao mesmo período de 2006 (12.464).

Atenção ao assinar a proposta!

Conforme orientação do Procon-SP, antes de assinar a proposta de adesão de um cartão, o consumidor deve ler atentamente todas as cláusulas, riscando os espaços em branco. Além disso, é importante verificar se o contrato assinado refere-se ao tipo de produto escolhido e se a data de vencimento, a anuidade e o índice de reajuste contam no documento.

Esteja ciente também que algumas administradoras de cartões cobram juros a partir da data da compra e que outras exigem um valor pré-determinado, a título de taxa de serviço, quando o plástico é usado. Neste último caso, é necessário que o procedimento esteja previsto em contrato.

Vale lembrar que os cartões adicionais (cônjuges, filhos etc) podem ser cobrados e que os gastos deles são de responsabilidade exclusiva do titular.

Conheça seus direitos

Em primeiro lugar, a fundação informa que não existe preço diferenciado para o pagamento à vista e com cartão. Portanto, caso o fornecedor insista com a prática, recuse e o denuncie. E, para aproveitar melhor os prazos para a quitação da fatura, verifique qual o melhor dia para comprar, de acordo com a data de vencimento.

Saiba ainda que o pagamento da fatura pode ser feito integral ou parcialmente na data do vencimento. Isso porque a administradora estipula um valor mínimo a ser pago. Entretanto, é bom lembrar que o restante da dívida continua rolando e sendo acrescido de juros.

Além disso, é possível usar o cartão para parcelar as compras em quantas vezes a loja consentir, sendo facultativa a cobrança ou não de juros. Nestes casos, o valor total do parcelamento entra como parte do cálculo do crédito utilizado. No entanto, as parcelas só entram na fatura do mês correspondente.

Proteja-se!

Para não correr o risco de levar prejuízo, fique alerta aos lançamentos efetuados em sua fatura e certifique-se de que são referentes a compras realmente realizadas por você. Lembre-se também de nunca assinar comprovantes em branco e quando o vendedor lhe devolver o cartão, certifique-se de que é realmente o seu.

Nas compras eletrônicas, evite usar o cartão de crédito ou débito: opte pelo boleto bancário ou tente vincular o pagamento à entrega do produto ou serviço. Caso isto não seja possível, informe-se minuciosamente sobre o sistema de segurança oferecido pelo site.

Em caso de perda, extravio ou furto, o titular do cartão de crédito deve comunicar imediatamente o ocorrido à administradora. Além disso, caso hajam valores lançados na fatura que não sejam reconhecidos pelo consumidor, estes devem ser contestados.

Anuidade

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, caso o consumidor receba qualquer tipo de cartão sem ter solicitado, não deve pagar anuidade ou qualquer outro valor, uma vez que a prática é abusiva.

Por fim, caso o consumidor opte por utilizar o cartão, tem direito a uma anuidade gratuita, conforme determinação do Artigo 39 do CDC: "Os serviços prestados e os produtos remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, inexistindo obrigação de pagamento".

Lucro da PSA Peugeot Citroën aumenta 60,8% no semestre

O fabricante automobilístico francês PSA Peugeot Citroën anunciou nesta quarta-feira que teve um lucro líquido de 492 milhões de euros (cerca de US$ 680 milhões) no primeiro semestre, contra 306 milhões de euros (cerca de US$ 423 milhões) do mesmo período de 2006 --um aumento de 60,8%.

A forte alta se deve, principalmente, à renovação da linha de veículos, segundo um comunicado do grupo. O volume de negócios aumentou 5,9% no primeiro semestre de 2007, chegando a 30,818 bilhões de euros (cerca de US$ 42,6 bilhões).

O lucro operacional corrente foi de 842 milhões de euros (cerca de US$ 1,16 bilhão), acima dos 691 milhões de euros (cerca de US$ 955 milhões) do primeiro semestre de 2006, com uma margem operacional de 2,7% do faturamento.

Com um novo presidente, Christian Streiff, desde fevereiro, a PSA fixou hoje suas previsões para o ano. Para os seis últimos meses do ano, o grupo espera um volume de negócios "em ligeiro crescimento em relação ao segundo semestre de 2006" e uma margem operacional "superior a 2% do faturamento".

A estratégia para atingir esses objetivos passa pelo "lançamento de novos modelos nos segmentos mais contributivos", apesar "da alta do euro e dos preços das matérias-primas".

"Nessas condições, o grupo continuará a otimização de seus preços, de suas vendas e de seus volumes", diz o comunicado.

A PSA ressalta o bom comportamento de seus resultados no setor automobilístico, que representam cerca de 80% do faturamento. Na Europa Ocidental, o grupo vendeu 1,274 milhão de unidades, contra 1,265 milhão do primeiro semestre de 2006. Sua fatia de mercado foi de 14,2%. Fora da Europa Ocidental, as vendas de veículos foram de 436 mil unidades, uma alta de 7,2%.

Fonte: UOL Economia

Lucro da Nintendo quintuplica com sucesso do console Wii

O fabricante japonês de jogos eletrônicos Nintendo anunciou hoje que seu lucro líquido consolidado entre abril e junho aumentou mais de cinco vezes em relação ao mesmo período de 2006, fechando em ¥ 80,25 bilhões (US$ 668 milhões).

Devido à forte demanda pelo console Wii e pelo portátil de tela dupla DS, a Nintendo também aumentou em 40% a previsão de lucro para o atual ano fiscal.

O lucro por operações aumentou mais que o triplo, atingindo ¥ 90,63 bilhões (US$ 755 milhões) entre abril e junho, os três primeiros meses do ano fiscal japonês de 2007, segundo o fabricante.

O lucro antes de impostos quadruplicou, subindo para ¥ 131,450 bilhões (US$ 1,095 milhão), sobre vendas de ¥ 340,44 bilhões (US$ 2,833 milhões), em uma alta de 160% no faturamento.

As fortes altas permitiram que a Nintendo elevasse a projeção de dividendos anual de ¥ 700 para ¥ 960 por título.

A nova previsão de lucro para todo o ano de 2007, que termina em março de 2008, é de ¥ 245 bilhões (US$ 2,041 bilhões) contra os ¥ 175 bilhões (US$ 1,458 bilhão) da projeção inicial de abril.

As vendas anuais, inicialmente calculadas em US$ 9,5 bilhões, serão agora de US$ 11,670 bilhões, segundo a empresa.

Fonte: UOL Economia

24/07/2007

Bovespa perde 3,86% e Petrobras despenca 5,62%

Após ter reconquistado ontem os 58 mil pontos, a Bolsa de Valores de São Paulo voltou a cair, e muito, arrastada pelo clima externo ruim e também pela forte desvalorização das ações da Petrobras. A piora de humor dos mercados e a queda no preço do petróleo levaram o Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, a perder 3,86% e fechar aos 55.795 pontos.

Com isso, o último recorde do índice parece mais longínquo: a marca histórica de 58.125 pontos, apesar de registrada há apenas três pregões, já está a 2.300 pontos de distância. No pior momento do dia, o Ibovespa chegou a perder 4,95%.

Petrobras PN, a ação mais importante do mercado brasileiro, recuou hoje 5,62%, prejudicada pela desvalorização de 1,78% do petróleo na Bolsa Mercantil de Nova York. O diretor do departamento da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) no Ministério do Petróleo do Irã, Javad Yarjani, afirmou que a Opep poderá elevar a produção da commodity se houver necessidade, o que derrubou seus preços.

Em Nova York, os balanços de empresas norte-americanas e as preocupações com o mercado de hipotecas de segunda linha voltaram a dar o tom ao mercado acionário. Os investidores ficaram desapontados com os balanços apresentados pela DuPont, American Express e Texas Instruments. A notícia de que a Apple vendeu menos iPhone do que o esperado também foi mal recebida.

Alto risco

Mas o fator mais forte para as amplas perdas sofridas também pelas bolsas nova-iorquinas foram novamente os temores com relação ao crédito hipotecário de segunda linha (subprime). Isso porque aumentou hoje a preocupação dos investidores de que os problemas nesse setor se alastrem para todo o mercado de crédito e até para a economia norte-americana em geral.

O The Wall Street Journal publicou ontem a notícia de que um grupo de instituições financeiras - Citigroup, Lehman Brothers e Merrill Lynch - adiou a colocação de US$ 3,1 bilhão em títulos de empréstimo de alto risco, com a qual seriam captados recursos para a compra alavancada da Allison, unidade de transmissão da General Motors, pelas empresas Carlyle Group e Onex Group.

Isso soou como alerta de que o apetite dos investidores no mercado de empréstimo corporativo, onde as companhias de private equity (que compram participações em empresas) têm buscado recursos para financiar as aquisições, possa ter diminuído.

O índice Dow Jones cedeu 1,62%, o Nasdaq recuou 1,89% e o S&P-500 registrou baixa de 1,98%.

Telemar

Apenas duas ações do Ibovespa, que conta em sua carteira com 60 papéis diferentes, terminaram o dia em alta: Telemar Norte Leste subiu 3,62%, para R$ 61,50, e Tele Norte Leste avançou 3,12%, para R$ 41,25. As ações foram beneficiadas pelo resultado da oferta pública de aquisição de ações (OPA) da Telemar pelo Grupo Oi, hoje na Bovespa. A Oi comprou 25,75% dos papéis Telemar Norte Leste em circulação no mercado, ao preço de R$ 67,50 cada.

Fonte: UOL Economia

Ganhe dinheiro na bolsa

A Bovespa bate recordes, só que o vaivém de preços ficou mais intenso. É hora de caprichar na escolha das ações

O ano tem sido de fortes emoções na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Já houve crises como a da China e recordes de alta no início deste mês. O ganho no ano até abril é de 10,4%. Com os bônus dos executivos pagos no mês passado e os balanços das empresas de capital aberto divulgados, não poderia haver momento melhor para a publicação da lista VOCÊ S/A-Economática ­ As 100 MELHORES AÇÕES PARA VOCE INVESTIR. O estudo ajudará você a traçar estratégias de longo prazo, como as dos oito aplicadores que apresentamos ao longo deste guia de investimento em ações.

Um pouco de gráficos, de limites e psicologia

O engenheiro civil Marcelo Monteiro de Miranda, de 29 anos, mineiro de Belo Horizonte, traçou uma estratégia criativa para investir em ações. Antes de tomar uma decisão, ele leva em conta três dimensões: análise técnica, proteção do capital e um pouco de psicologia. "Eu me concentro primeiro na análise de gráfico e indicadores de preços", diz Marcelo, que é diretor administrativo e financeiro da Caenge, de Brasília. Ou seja, ele observa alguns padrões do mercado e de indicadores macroeconômicos para identificar tendências de alta ou de baixa. Feito isso, Marcelo define qual será a proteção para o dinheiro usado na compra da ação. Ele se permite perder no máximo 6% em um mês. Se isso ocorre, vende a ação e parte para recuperar o que foi perdido. Marcelo recorre também à psicologia. "Não me deixo levar pela impressão e sensação de que a bolsa é um jogo", afirma. "Meu foco é o longo prazo." Apesar de ter 80% de suas economias em ações, ele nunca fica grudado na tela do computador para saber se ganhou ou perdeu. Checa apenas por 20 minutos diários como estão as suas ações. "Em seis anos, dobrei meu dinheiro", diz.

A pesquisa chega à sua segunda edição e encontra investidores animados com a bolsa, como em 2006, só que mais cautelosos. O entusiasmo se explica pelo recorde histórico do Ibovespa em 50 000 pontos e a previsão de alta para este e o próximo ano. Até dezembro, há expectativa de ganho acumulado de 20%. Para os próximos 12 meses, um estudo do Unibanco Asset Management aponta um mercado amigável com o Ibovespa, rendendo outros 16,5%, alcançando 57 300 pontos. Já a cautela se justifica pelos movimentos do mercado aqui e no exterior, que ora deixam a bolsa com uma face semelhante ao pós-Xangai, em março, pura encrenca para o investidor de ações, ora demonstram que o mercado pode ser uma robusta alternativa de aplicação, como em abril. A questão é que nenhum analista se atreve a dizer até quando essa montanha-russa frenética vai durar. O momento exige uma escolha caprichada das ações 1 . Além disso, se sua estratégia de investimento tem como foco retornos em cinco, dez, 20 anos, você não deve perder o sono por causa desse vaivém.

Para metas de longo prazo e uma escolha criteriosa de ações, a lista das 100 é uma ferramenta diferenciada. "As ações do ranking não são para especular", diz Fernando Exel, presidente da Economática, líder no fornecimento do software de apoio a investidores com acompanhamento das bolsas latino-americanas e das 1 200 maiores empresas norte-americanas. "Analisamos a qualidade das ações para apontar quais delas pertencem a empresas que o investidor deve ficar sócio."

Escolher bem os papéis para uma carteira é trabalho para especialistas e, por isso, se você não conhece bem o mercado deve conversar com a sua corretora de valores para optar por esse ou aquele ativo. A lista das 100 serve de apoio nesse momento também porque é resultado de um dos mais meticulosos trabalhos de classificação de boas ações. A equipe da Economática computou 3 500 dados para chegar ao ranking. O pontapé inicial foi se debruçar sobre 700 ações de 373 empresas acompanhadas pela consultoria. Cada papel foi analisado individualmente, chegando-se a uma segunda fase com 141 ações. Dessas, foram escolhidas as 100 de maior liquidez, ou seja, maior volume financeiro médio diário na Bovespa em 2006. Posteriormente, chegou-se à indicação das 20 ações cinco estrelas -- ideais para enfrentar crises por pertencerem a empresas cujos negócios estão em crescimento sustentável.

Na liderança do ranking está a Petrobras PN. O analista gráfico Eduardo Matsura, da CMA, de São Paulo, verificou qual a tendência para a ação. Ela vinha em ascensão entre outubro e dezembro de 2006, enfrentando uma baixa entre janeiro e meados de março deste ano. "A análise gráfica desse período mostra uma provável reversão, sendo possível identificar uma tendência de alta para a Petrobras PN", diz Eduardo. Uma boa notícia, já que até o fechamento da lista das 100, no dia 25 de abril, a Petrobras PN estava com quase 3% de queda no ano até aquela data. Em 2006, ela acumulou alta de quase 41% -- bem acima da média da bolsa.

DANÇA DAS AÇÕES

As ações Itaúsa PN e Vale do Rio Doce ON deram um salto no ranking de 2006 para 2007. Saíram da nona e oitava posições no ano passado para terceira e quarta este ano, respectivamente. Vale um destaque também para a Cemig PN, uma das melhores empresas do setor elétrico, segundo analistas, que escalou do 22o lugar da lista para a 5a colocação. No ranking deste ano há a estréia de 22 ações. Entre as que não estavam em 2006, um grupo chama atenção pelo vigor da recuperação do setor em que estão inseridas: as ações das construtoras e incorporadoras Cyrela Realty ON e Rossi ON. Do setor sucroalcooleiro a representante é a Cosan ON. Ainda entre as novatas estão a Lojas Renner ON, Nossa Caixa ON e Localiza ON.

Este ano, ao lado de cada ação no ranking das 100, você encontra a indicação se ela faz ou não parte dos níveis especiais de governança corporativa da bolsa (níveis 1, 2 e o Novo Mercado). Outra informação importante é a indicação daquelas que fazem parte do ISE, o Índice de Sustentabilidade Empresarial. Dois dados que revelam o quanto a empresa é transparente e responsável. Os papéis de todas as companhias receberam ao menos uma estrela em cada um dos cinco fundamentos que balizam os critérios da pesquisa: a facilidade de negociar a ação, o fato de pertencer a empresas cujos controladores não ficam com todo o poder nas mãos, a oscilação de preços na bolsa, caracterizada por reduzidas diferenças de altas e baixas, pagamento de bons dividendos 2 aos acionistas e negócios rentáveis e em crescimento. Com essas características, essas ações fazem toda diferença na hora de você ganhar dinheiro na bolsa.

Por um mundo melhor

No ranking das 100 melhores ações, 35 estão no Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa (ISE). São papéis de empresas que têm práticas e balanços transparentes, compromissos socioambientais e se preocupam com direitos humanos. Abaixo, as dez melhores ações ISE:

1 Petrobras PN
2 Itaúsa PN
3 Cemig PN
4 Petrobras ON
5 CPFL ON
6 Bradesco PN
7 Gerdau Met. PN
8 Tractebel ON
9 Arcelor ON
10 Acesita PN

Fontes: Economática e Bovespa

Expectativa de alta

Um estudo do Unibanco Asset Management, publicado no dia 24 de abril deste ano,revisou a previsão de alta do Ibovespa de 51 500 pontos para 57 300 pontos para os próximos 12 meses, contados a partir do dia 23 de abril. Se confirmada, essa alta será de 16,5% no período.Abaixo o histórico de recordes do Ibovespa este ano:

10 Abr 46 174 pontos
12 Abr 47 346 pontos
13 Abr 47 926 pontos
16 Abr 48 921 pontos
20 Abr 49 408 pontos
25 Abr 49 675 pontos
3 Abr 50 218 pontos

Fonte: Bovespa

Segurança no futuro

A cada ano que passa, o administrador de empresas Adriano Merigli, de 31 anos, dá uma mexidinha interessante em seus investimentos. Ele tira um ponto percentual do montante destinado à compra de ações, e esse dinheirinho vai parar na renda fixa. Teve essa idéia há cinco anos, quando tinha 75% do seu capital em fundo de ações e os 25% restantes em renda fixa. "Criei essa estratégia baseado na noção de que é melhor ser mais agressivo quando se é mais jovem e ir passando para um investimento mais conservador ao longo do tempo", explica. Adriano é gerente de desenvolvimento de negócios da Volvo Financial Service e é membro diretor da Volvo Serviços Financeiros, de Curitiba.

É uma maneira previdente e bastante útil para quem não consegue se desfazer da pulga atrás da orelha quando o assunto é comprar ações. E qualquer pessoa pode seguir o modelo. Adriano também mantém um imóvel residencial para aluguel, o que lhe garante uma renda extra. Na prática, seu pulo-do-gato é a disciplina em relação à capacidade de investir. Todo mês, faça chuva, faça sol, ele separa 20% do salário para incrementar seus investimentos. É algo automático que Adriano faz como se estivesse pagando uma conta. Tão metódico assim, alguém pode achar que ele entra em desespero quando o preço de uma de suas ações despenca na bolsa. Nada disso. Se mantém calmo na medida do possível. "Também não me iludo quando os preços disparam e ganho muito", afirma.

À caça de oportunidades baratinhas

O engenheiro elétrico Fábio Vigário, de 25 anos, é um caçador de ações em queda. Seu interesse é por papéis de boas empresas que caem de uma hora para a outra, mas os analistas apontam que têm todas as condições de se recuperar. "Esse é o melhor momento para adquirir um papel", afirma. Para identificar essas espécies, Fábio, que é gerente de time da Procter & Gamble, de São Paulo, dedica cerca de meia hora por dia para acompanhar as cotações pelo computador. Nos fins de semana, fica mais alguns minutos analisando o que aconteceu nos últimos dias e que passos deve dar dali pra frente. É quando traça sua estratégia de compra.

Fábio faz questão de ler tudo o que sai sobre ações, acompanha sites que analisam a bolsa e conversa com amigos que também investem em ações. Para evitar comprar besteira, ele concentra suas operações nas ações do Ibovespa -- as mais negociadas -- e, às vezes, compra papéis de uma empresa que abriu capital recentemente, como a Camargo Corrêa. Metade do dinheiro do engenheiro está em ações. Se sua metodologia vem dando certo? Em um ano e meio o patrimônio dobrou. Ele já errou. "Só ganha quem também perde", afirma.

Ações para bombar seus investimentos


A metodologia usada pela lista das 100 Melhores Ações para Você Investir completa dois anos com esta edição.A VOCÊ S/A e a Economática mantiveram como pré-requisito para participar do estudo a liquidez dos papéis.A ação deveria ser bastante negociada e ter participação em,no mínimo,80% dos pregões realizados em 2006.Feito isso,foram dados os seguintes passos:

Foram concedidas estrelas em cinco critérios: liquidez (indica o quanto é fácil de negociar), volatilidade (revela o quanto é sensível aos soluços do mercado), pulverização do capital (mostra quanto do capital está nas mãos de minoritários), ganho percentual dos dividendos (aponta quanto dinheiro extra foi liberado para acionistas) e rentabilidade sobre o patrimônio médio (diz se o negócio é rentável).

Companhias que abriram capital este ano ou em 2006 por meio de IPOs (sigla em inglês para a oferta inicial de ações) ficaram fora da pesquisa.

Análises concluídas, os especialistas da Economática somaram a quantidade de estrelas conferidas para cada ação. Para o ranking, os papéis foram ordenados segundo a quantidade de cinco estrelas. Os desempates ocorreram considerando o recebimento de quatro estrelas.Em seguida,três,duas e uma.

Grupo de menor risco

Confira as 20 ações cinco estrelas para você encarar crises. Elas não devem ser vistas como papéis com alta garantida (nem baixa). Estas ações não são para especular, mas sim para formar um patrimônio financeiro e virar sócio de grandes corporações:

1 Petrobras PN
2 Vale Rio Doce PNA
3 Itaúsa PN
4 Vale Rio Doce ON
5 Cemig PN
6 Petrobras ON
7 CSN ON
8 AES Tietê PN
9 Telemar PN
10 CPFL ON
11 Bradesco PN
12 Bradespar PN
13 Gerdau Met.PN
14 AES Tietê ON
15 Porto Seguro ON
16 Tractebel ON
17 Arcelor ON
18 Eternit ON
19 Copesul ON
20 Telesp PN

Fonte: Economática
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Artigo: Anne Dias e Marcos Gusmão / Ilustrações Roberto Weigand

Fonte do artigo: Você S/A

Análise técnica: saiba como utilizar essa ferramenta sem fazer confusão

Em busca das melhores opções de investimento, podemos recorrer a métodos diversos. Não raro a opinião de um amigo é solicitada, a do amigo do amigo e por aí vai. Também é comum fazer uso da avaliação de analistas, por vezes baseada na ferramenta fundamentalista e, outras, no comportamento dos gráficos.

Enfim, quando o assunto é tomar uma decisão de investimento muito usam até mesmo a intuição. De fato, mesmo quando se fala apenas nos métodos formais, a saber, análise técnica e análise fundamentalista, ainda sobra muita controvérsia.

Para todos os gostos
Alguns são avessos aos gráficos, outros acham que não precisam de mais do que isso, enquanto há aqueles que procuram extrair o que de melhor em cada um dos instrumentais. Porém, para quem escolhe a análise técnica, ainda resta muito a fazer, já que não faltam por aí indicadores e métodos diferentes de análise gráfica.

Em meio a tantas opções, a confusão pode ser imensa e, não raro, traders menos experientes acabam usando indicadores equivalentes para confirmar sua avaliação, ou seja, muito embora levem em conta mais de um indicador na tomada de decisão, na verdade, estão lendo o mesmo texto escrito com letras diferentes.

A lição nº 1 dos traders profissionais diz que, na hora de enfrentar o mercado, mais importante de tudo é a disciplina, que não vem desacompanhada de organização.

Pensando nisso, o método de análise em camadas foi desenvolvido e propõe, basicamente, uma organização da rotina de análises que, através do estabelecimento de uma hierarquia entre as técnicas e estudos utilizados, permite a identificação de situações ideais em que várias ferramentas apontam para a mesma direção de movimentação dos preços. A dica é de Leandro Ruschel, da Leandro.Stormer.

A análise em camadas
Na primeira camada, é utilizado o gráfico em formato de candle com o volume abaixo. Nele, o primeiro passo consiste na busca por topos e fundos, a partir dos quais é possível identificar a tendência do mercado em análise bem como pontos de suporte e de resistência. Observar o comportamento do volume é o passo seguinte e procurar por candles de reversão ou padrões encerra a primeira camada da análise.

Por sua vez, a segunda camada é representada pela utilização das médias móveis, ferramentas muito importantes na análise técnica. As médias móveis vão ajudar o investidor a estabelecer uma tendência, identificar pontos de suporte e resistência e, a partir de seus cruzamentos, identificar pontos de compra e de venda.

Na terceira camada são utilizadas as retrações e extensões de fibonacci, também muito importantes para o analista técnico porque servem para identificar prováveis objetivos para os preços. As retrações serão utilizadas sempre que o mercado estiver em um processo corretivo, ao passo que as extensões serão utilizadas quando for identificado um pivot.

Por fim, a quarta camada da análise consiste na utilização das Bandas de Bollinger e no IFR (Índice de Força Relativa). As primeiras podem indicar zonas de suporte e resistência bem como mostrar ciclos de expansão e retração, ao passo que o segundo indicará zonas em que o mercado em análise estará sobre-comprado ou sobre-vendido, além de apresentar as divergências, que são ótimos indícios de reversão de tendência.

Fonte: UOL Economia

Ofertas iniciais na Bovespa vêm mostrando boa aceitação, afirma Citigroup

Afastando antigos temores, o Citigroup revê sua opinião acerca das IPOs (Initial Public Offerings) na Bovespa. Não há indícios de saturação até o momento. Ou seja, o mercado vem "digerindo bem" as ofertas iniciais de ações.

Apesar da grande quantidade de estreantes na bolsa, a forte demanda observada e o gerenciamento adequado das ofertas apontam para um cenário sem excessos e ainda favorável a futuras empreitadas.

Estréias rentáveis

As estatísticas do Citigroup atestam que as IPOs vêm superando o Ibovespa durante os últimos 12 meses. Na média ponderada, os investidores que apostaram em ofertas iniciais ganharam 40,3%, contra 25,6% do Ibovespa.

O bom desempenho parece estimular novas estréias. O segundo trimestre de 2007 apresentou recorde de 17 IPOs. Só em julho, foram mais sete ofertas iniciais. E na CVM já estão registradas mais 14 para o futuro próximo.

Destaques setoriais

Sob um panorama setorial, as IPOs mais rentáveis são de Mineração, Telecom e Energia & Saneamento. As ofertas do setor de Construção também se destacaram positivamente, a despeito das especulações sobre uma possível saturação.

A exceção fica com o setor de Energias Renováveis, explica o Citigroup. As duas ofertas iniciais do segmento mostraram fraco desempenho.

Antigos temores

Diante da seqüência de IPOs no mercado brasileiro durante o fim de 2006 e início de 2007, os analistas do Citigroup haviam alertado para um possível excesso, que comprometeria a performance das estréias.

Nos últimos 12 meses, companhias nacionais capitalizaram US$ 18,6 bilhões, através de 54 ofertas iniciais e secundárias.

Fonte: UOL Economia

Na hora de investir em ações, prazo e consistência podem fazer a diferença

A maioria das pessoas que opta por aplicar seus recursos no mercado de ações se depara com uma questão bastante relevante: investir de forma consistente e lucrativa. Devido à falta de conhecimento e experiência, muitos investidores demonstram insegurança na hora de tomar suas decisões e uma preocupação demasiada com ciclo do mercado, ou seja, se este está em alta ou baixa.

Com o objetivo de informar e descrever práticas já utilizadas e que trouxeram bons retornos a muitos aplicadores, o INI (Instituto Nacional de Investidores) criou um Guia Oficial, que é uma tradução e adaptação do guia da Associação Nacional dos Clubes de Investimento dos Estados Unidos, aperfeiçoada para a realidade do mercado de renda variável brasileiro.

Investir com regularidade e por longos períodos

Uma das recomendações mais ressaltadas pelo INI diz respeito à importância de se investir com regularidade, mesmo que pequenas quantias, e por longos períodos, independente das perspectivas de curto prazo do mercado.

Os investidores podem reduzir riscos ao adquirir ações que pretendam conservar, avaliando principalmente a capacidade administrativa e as perspectivas para a empresa e seu mercado de atuação, deixando em segundo as perspectivas de curto prazo.

O INI destaca ainda que ao adquirir ações o aplicador deve ter uma visão de longo prazo, visando, por exemplo, o acúmulo de recursos para a aposentadoria. A aplicação regular de pequenas quantias em ações e por períodos mais longos quase sempre leva a resultados bastante satisfatórios.

Alta movimentação pode levar ao fracasso

É fato que para se obter sucesso no mercado de ações o investidor aumenta suas chances de ganho se sair na alta, quando as ações se encontram valorizadas, e esperar o "fundo do poço", ou seja, um período de baixa do mercado, para realizar suas compras.

No entanto, apesar dos ciclos intermitentes de grandes altas, recessão, depressão e recuperação, o INI descreve que a tendência global do mercado nos últimos anos tem sido de crescimento e é nas perspectivas de longo prazo que o investidor deve focar.

Uma série de estudos foi realizada comparando o desempenho de pessoas que adotam a prática de sair dos mercados nos picos e voltar em períodos de baixa e aplicadores que adquirem ações de boa qualidade e somente se movimentam quando vão trocar de posições.

Maior risco reside não em estar no mercado, mas fora dele

A surpreendente conclusão que se chegou foi a de que para se igualar ao desempenho de uma carteira de ações de pessoas que se mantenham no mercado, o investidor que compra e vende ações com maior freqüência precisa acertar 80% das vezes.

Dentre os pontos que dificultam o sucesso de investidores que movimentam muito as suas posições, o principal está relacionado ao fato de que a maior parte de uma movimentação de alta ou de baixa do mercado geralmente ocorre em poucos dias.

Um estudo realizado em uma análise de 1.276 pregões nos EUA mostrou que menos de 4% das sessões geraram 80% da rentabilidade obtida no período, que foi de 26,3% anuais. Assim, com base nestes dados pode-se dizer que acertar qual será o período de baixa ou de alta é uma árdua tarefa, sendo que o manual do INI descreve que o maior risco reside não em estar no mercado, mas em estar fora dele em momentos oportunos.

Fonte: UOL Economia