30/06/2011

ALL - Fato Relevante - Criação da Ritmo Logística

 

FATO RELEVANTE

Curitiba, 30 de junho de 2011 - A ALL – América Latina Logística S.A, ("ALL" ou "Companhia"), em atendimento ao disposto no parágrafo 4º do artigo 157 da Lei nº 6.404/76 e na Instrução nº 358/02 da Comissão de Valores Mobiliários, vem a público informar que, em conjunto com sua subsidiária ALL – América Latina Logística Intermodal S.A. ("ALL Intermodal"), celebrou, nesta data, contrato de associação com a Ouro Verde Transporte e Locação S.A, inscrita no CNPJ/MF sob o n° 75.609.123/0001-23 ("Ouro Verde") com o objetivo de estabelecer uma associação estratégica, por meio da constituição de uma nova sociedade denominada Ritmo Logística S.A.("Ritmo"), que consolidará as operações de transporte rodoviário da ALL Intermodal e da Ouro Verde, a partir de 1º de julho de 2011 ("Nova Operação").

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Rodrigo Campos
Gustavo Reichmann
Francisco de Paula
Leandro Santana
João Paulo Hermes

Tel. (41) 2141-7459
ir@all-logistica.com
www.all-logistica.com/ri

 

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16:25 CONSELHEIRO DO CADE CRITICA ARGUMENTO P/ OPERAÇÃO DO PÃO DE

AE - AGENCIA ESTADO

Brasília, 30 - Antes mesmo de concretizada a operação entre Pão de Açúcar e o francês
Carrefour, um dos argumentos de sustentação do negócio, de se transformar em um líder
brasileiro no exterior, já recebe críticas de um membro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), autarquia responsável pelo julgamento de fusões no País. "Não fosse uma tese bastante controvertida, o argumento de campeão nacional, parece-me que nem sequer é
aplicável ao caso, pois o principal acionista do Pão de Açúcar não é brasileiro", comentou à Agência Estado, o conselheiro Olavo Chinaglia.
Chinaglia está em Paris, na França, representando o órgão antitruste na OCDE. E é estaavaliação que ele tem apresentado aos franceses e demais estrangeiros que o interpelamprocurando uma avaliação sobre o negócio. "À distância é esta avaliação que estou tendo",disse.
Além de Abílio Diniz, o também francês Casino é dono do grupo Pão de Açúcar. O Casino
comprou ações preferenciais no mercado, aumentando sua participação societária de 37% no Pão de Açúcar para 43% num possível contra-ataque ao negócio encabeçado por Diniz. A manobra visaria a tentar interromper o negócio na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
"O Cade não tem histórico de aplicar decisões sob esse argumento (de empresa nacional),obstante o caso AmBev", lembrou. "Portanto, não é um argumento plausível", acrescentou.
Criada em 1999, a AmBev é a empresa resultante da controversa união entre as duas
principais empresas concorrentes no setor de cerveja brasileiras, a Antarctica e a Brahma.
Quando foi aprovada pelo Cade, alegava a importância de se criar uma companhia verde e amarela. Anos depois, no entanto, a empresa se fundiu com o grupo belga Interbrew. (Célia Froufe)

Conselho da Petrobras pede cortes no plano de negócios

Rio de Janeiro – O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse hoje (30) que a divulgação do novo plano de negócios da Petrobras depende de cortes orçamentários. Nas últimas reuniões do Conselho de Administração da estatal, foi solicitado o corte de 10% do orçamento proposto pela direção da empresa.
A diretoria da Petrobras chegou a apresentar algumas propostas de cortes no orçamento, mas o Conselho de Administração, na última reunião, considerou insuficientes. “O conselho pediu à direção da Petrobras que fizesse uma reavaliação do plano em alguns aspectos. A direção da Petrobras levou ao conselho alguns pontos que deveriam ser cortados para fazer essa redução. O Conselho preferiu que ela [a direção] estudasse melhor o assunto e apresentasse outras alternativas”, disse Lobão.
Os cortes ainda estão sendo estudados pela direção da Petrobras, mas, segundo o ministro, não afetarão os investimentos em andamento, em especial, nas refinarias. “Não acho que deva haver cortes de natureza nenhuma. Talvez não haja corte nenhum. Dificilmente uma empresa do tamanho da Petrobras consegue aplicar todo seu orçamento no ano”, disse.
Lobão participou hoje da posse do novo diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil, Manoel Barretto, no Rio de Janeiro.
Sobre a próxima rodada de licitações de blocos de petróleo, já autorizada pelo Conselho Nacional de Pesquisa Energética (CNPE), Lobão disse que presidenta Dilma Rousseff fez questão de examinar pessoalmente o processo e que ela pode aprová-lo a qualquer momento. “Se ela [Dilma] decidir dentro de uma semana ou dentro de um mês, faremos a rodada ainda este ano”, afirmou.

Governo quer dobrar tributo pago pelas mineradoras

Rio de Janeiro – O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, revelou hoje (30) que o governo estuda dobrar o percentual da alíquota da Contribuição Financeira sobre Exploração de Recursos Minerais (Cfen), que é cobrada das mineradoras. Hoje, a alíquota da Cfen varia entre 0,2% e 3%, dependendo do tipo de minério extraído.
Este novo aumento da carga tributária, que está sendo discutido no Ministério da Fazenda, integra um dos três projetos de lei do novo marco regulatório do setor de mineração, que vem sendo preparado pelo governo federal para ser encaminhado ao Congresso Nacional.
“No mundo inteiro, [o imposto sobre mineração] vai de 8% a 10%. Mas [no Brasil] há outros tributos que incidem [sobre o setor]. Vamos ver se, junto com os outros tributos, o Cfen ultrapassa a média do que é cobrado em outras partes do mundo. Se for além do que é cobrado em outras partes do mundo, não devemos acrescentar muito o Cfen. Nós não queremos passar do teto de outros de países, porque estaremos comprometendo nossa competitividade internacional”, disse Lobão.
Os outros projetos previstos no novo marco regulatório são o Código de Mineração, que deve ser enviado ao Congresso Nacional em 20 dias, e o projeto de lei que prevê a criação da agência reguladora para o setor.

Radar: acompanhe algumas das principais oscilações na bolsa nesta quinta-feira

SÃO PAULO – O Ibovespa perde força e registra queda de 0,17% no pregão
desta quinta-feira (30), operando descolado do mercado externo, que
ainda reflete o otimismo diante da aprovação do plano de austeridade
fiscal na Grécia na véspera. No sentido oposto, blue chips sustentam
ganhos na sessão.

Agenda
Entre os destaques de indicadores divulgados na sessão, nos Estados
Unidos foram registrados 428 mil novos pedidos de auxílio desemprego
na semana que termina em 25 de junho, enquanto as expectativas giravam
em torno de 420 mil novas solicitações. Já a atividade industrial na
região de Chicago foi melhor do que esperada pelo mercado em junho.

Por aqui, a pesquisa de sondagem industrial revelou recuo de 2,5% na
confiança da indústria entre maio e junho, na sexta queda consecutiva
no ano, enquanto o setor público brasileiro apresentou um superávit
primário de R$ 7,506 bilhões durante o mês de maio, mostraram dados
divulgados pelo Banco Central.

Qualicorp
As ações da Qualicorp (QUAL3, R$ 14,75, -1,99%) recuam na segunda
sessão em que são negociadas em bolsa, após marcar o seu pregão de
estreia com uma forte alta de 15,77%, quando os papéis foram
precificados abaixo das estimativas dos coordenadores.

Mundial
Ja as ações da Mundial (MNDL4, R$ 2,21, +22,78%) disparam na sessão,
após a companhia anunciar que pretende adotar nível de governança do
Novo Mercado da BM&FBovespa, em detrimento da migração para o Nível 1
anunciada anteriormente.

Petrobras
Enquanto isso, a Petrobras (PETR3, R$ 26,00, +0,97%, PETR4, R$ 23,56,
+0,77%) anuncia mais descobertas. A ANP (Agência Nacional de Petróleo)
publicou nesta quinta em seu site que foi notificada pela estatal
sobre indícios de petróleo e gás em mais dois poços marítimos na Bacia
de Santos, os quais possuem profundidades médias estimadas em 5.524
metros e em 4.281 metros.

Além disso, o grupo inglês BG Group informou que dobrou suas
estimativas de recursos e reservas totais na área do pré-sal da Bacia
de Santos, incluindo em poços operados pela Petrobras - que somam pelo
menos 40% da área em que é parceira do BG Group -, agora projetadas em
6 bilhões de barris de óleo equivalente, frente aos 3 bilhões
anunciados em fevereiro de 2010.

Pão de Açúcar
As polêmicas envolvendo o Pão de Açúcar (PCAR4, R$ 71,89, +1,25%) e o
grupo francês Casino continuam, por conta de uma proposta de fusão
entre a primeira e o Carrefour Brasil. Em comunicado publicado no site
de ambas as companhias, o Casino informa que adquiriu 16,1 milhões de
ações preferenciais, o que equivale a 10,1% do total de ações desta
classe. Assim, a participação dos franceses no capital social total da
varejista brasileira passa para 43,1%.

Kroton Educacional
No campo de ofertas públicas, as units da Kroton Educacional (KROT11,
R$ 20,03, +2,72%) ganham após terem sido precificadas a R$ 19,25,
abaixo da cotação do último fechamento, a qual foi de R$ 19,50. Deste
modo, o processo movimentou um montante de R$ 424,94 milhões, sendo
que os novos papéis estrearão na bolsa na sexta-feira. Nesta
quinta-feira será anunciado o resultado do rateio da oferta.

Copersucar
Já a Copersucar publicou na manhã desta quinta os termos de seu IPO
(Initial Public Offering), no qual pode movimentar até R$ 2,7 bilhões
com a colocação de todos os papéis previstos em oferta primária e
secundária ao preço máximo por ação estimado pelos coordenadores da
oferta.

Perenco e Mahle Metal Leve
A sessão marca ainda o final do período de reservas de ações no IPO da
Perenco Petróleo e Gás, bem como a precificação dos papéis a serem
distribuídos pela Mahle Metal Leve (LEVE4, R$ 43,00, -2,29%).

Deutsche Bank
Por fim, o Deutsche Bank venceu o quinto processo de concorrência para
o registro da negociação de lote de 10 BDRs (Brazilian Depositary
Receipt) Nível 1 Não Patrocinados, o que deverá dar à bolsa paulista
mais um papel de empresa estrangeira negociado em breve. Deste modo,
os alemães terão um prazo de 60 dias corridos para apresentar aos
órgão brasileiros responsáveis pelo processo a documentação
necessária.

Grécia baliza mercado externo
Ainda registrando grande influencia nos mercados, os investidores
continuam a avaliar positivamente a aprovação do pacote com medidas de
austeridade fiscal na Grécia, o que abre caminho para a liberação da
última parcela da ajuda acertada com o FMI (Fundo Monetário
Internacional) e a União Europeia no ano passado, bem como para a
elaboração de um novo resgate financeiro.

Além disso, os bancos da Alemanha concordaram em rolar as dívidas da
Grécia, segundo publicado pela Bloomberg, citando fontes próximas ao
assunto.

Fim do QE2
Por fim, a sessão desta quinta-feira também marca o último dia do
segundo programa de compra de ativos promovido pelo Federal Reserve -
conhecido como QE2 (quantitative easing 2) -, o qual elevou a liquidez
nos mercados enquanto esteve em vigência.

Fonte: InfoMoney

Ibovespa segue instável, com noticiário intenso e busca de referências sobre Grécia

SÃO PAULO - O Ibovespa apresenta ligeira baixa de 0,15% no início da
tarde desta quinta-feira (30) e atinge 62.340 pontos, com volume
financeiro é de R$ 1.666 bilhão.

O principal índice da bolsa brasileira registra instabilidade neste
pregão, tendo oscilado entre a banda positiva e negativa do gráfico
desde a abertura, com investidores buscando referências no front
externo e no noticiário corporativo doméstico.

Grécia e fim do QE2
Em termos gerais, o mercado começa a projetar quais serão os próximos
passos da crise na Grécia após o parlmento ter aprovado
definitivamente nesta manhã, em segundo turno, o pacote de austeridade
que pretende viabilizar nova rodada de auxílio ao país e evitar assim
o calote da dívida

O dia também é marcado pelo fim oficial do QE2 (Quantitative Easing
2), que desde outubro do ano passado injetou US$ 600 bilhões no
mercado através da recompra de Treasuries pelo governo
norte-americano, embora analistas ressaltem que dificilmente os
estímulos serão revertidos de modo repentino.

Altas e baixas
O principal destaque positivo fica com as ações JBS (JBSS3), que
registram valorização de 1,34% e são cotadas a R$ 5,30. Apesar dessa
variação, a baixa acumulada desde o início do ano chega a -26,08%.

Logo em seguida, os papeis do Pão de Açúcar (PCAR4) seguem dentre as
principais altas do índice, ainda impulsionados pela perspectiva de
fusão com o Carrefour Brasil, embora alguns analistas já alertem para
riscos envolvendo a participação do Casino no negócio e eventuais
objeções por parte do Cade (Conselho Administrativo de Defesa
Econômica).

Small Cap dispara
Cabe citar ainda a forte alta das ações da Mundial (MNDL4), que
avançam 19,44% após a companhia anunciar a migração para o Novo
Mercado em detrimento do Nível 1 de Governança anunciado
anteriormente. Desde o início do ano, as ações acumulam expressiva
valorização de 636,81%.

Por outro lado, o pior desempenho fica com os papéis B2W (BTOW3), que
são cotados a R$ 19,01 e apresentam baixa de 2,51%, seguido de perto
por sua coligada Lojas Americanas (LAME4), -2,41%.

Bolsas internacionais
Nos EUA, os principais índices acionários avançam até o momento,
apesar do número de pedidos de auxílio-desemprego vir superior ao
esperado conforme anúncio realizado no início da manhã. Apesar do
revés, pode-se considerar que os investidores receberam favoravelmnete
a aprovação em segundo turno da votação do pacote fiscal grego, que
deve viabilizar nova rodada de resgate ao país e evitar o calote da
dívida.

Já na Europa, os principais índices de ações seguem para o quarto
pregão consecutivo no campo positivo, ainda refletindo o alívio dos
investidores com a aprovação do pacote de medidas de austeridade
fiscal na véspera e também favorecidos pelo noticiário corporativo.

Juros e câmbio
As taxas dos principais contratos de juros futuros operam em alta no
início desta tarde, com o mercado ainda repercutindo os indicadores de
inflação divulgados nos últimos dias, que apesar da queda ainda
indicam que o processo de aperto monetário deve continuar.

O dólar comercial por sua vez marca trajetória negativa na sessão,
cotado a R$ 1,5610 na venda, expressiva queda de 0,70% na comparação
com o último fechamento. A percepção de risco no mercado continua em
queda, e o câmbio no Brasil acompanha os movimentos no exterior.

Com a variação desta quinta-feira, a moeda norte-americana registra
queda de 1,20% neste mês de junho e uma desvalorização de 6,31% desde
o início do ano.

Fonte: InfoMoney

MUNDIAL (MNDL) - Fato Relevante

30/06/2011 MUNDIAL (MNDL) - Migracao para o Novo Mercado e Fortalecimento da Governanca Corporativa / Direito de Recesso

DRI: Michael Lenn Ceitlin

 

 

Enviou o seguinte Fato Relevante:

 

"Mundial S/A - Produtos de Consumo (BM&FBOVESPA: MNDL3 e MNDL4), em atendimento ao disposto no paragrafo 4o do artigo 157 da Lei n. 6.404/76, conforme alterada e na Instrucao CVM n. 358/02, vem informar aos seus acionistas, ao mercado em geral e demais interessados o que se segue.

 

A Administracao da Companhia ao analisar as exigencias de adesao ao Regulamento de Listagem do Nivel 1 de Governanca Corporativa, conforme aprovado na Assembleia Geral Extraordinaria de 27 de maio de 2011, e compara-lo com as respectivas exigencias dos demais niveis (Nivel 2 e Novo Mercado) entendeu que a Companhia deve avancar ainda mais no fortalecimento de suas praticas de governanca corporativa e no relacionamento com o mercado de capitais com objetivo de manter seu crescimento, sustentacao e a perpetuidade dos negocios e das atividades da Companhia. Assim o Conselho de Administracao deliberou recomendar a Assembleia Geral de acionistas a ser convocada oportunamente:

 

(1) migrar a Companhia para o segmento de listagem denominado Novo Mercado e pleitear a admissao das acoes de emissao da Companhia para negociacao no mesmo, uma vez satisfeitas as exigencias para listagem no referido segmento;

(2) propor a conversao das acoes preferenciais de emissao da Companhia na proporcao de 0,8 acao ordinaria para cada 1 acao preferencial, proporcao esta que se reflete na concessao do (i) direito politico de voto e (ii) tag along de 100%, para os atuais detentores de acoes preferenciais, em contrapartida a (a)diluicao do poder politico de voto e (b) partilha do eventual "premio de

controle" dos atuais detentores de acoes ordinarias, e (3) autorizar a Diretoria da Companhia a iniciar as negociacoes com a

BM&FBOVESPA com vistas a adesao da Companhia ao Novo Mercado.

 

A migracao da Companhia para o Novo Mercado trara beneficios tanto para a Companhia, quanto para todos os seus acionistas. As elevadas praticas de governanca previstas no Regulamento de Listagem do Novo Mercado, alinhadas com as melhores praticas de governanca corporativa de mercados desenvolvidos, aumentarao:

 

(i) o potencial da Companhia na atracao de investidores e,

(ii) a liquidez das acoes de emissao da Companhia. Como resultante da migracao, todas acoes da Companhia terao direito de voto, a politica de dividendos da Companhia sera unificada e sera assegurado, a todos os acionistas, o tag along supra referido, em igualdade de condicoes, em caso de alienacao de controle na forma prescrita pelo Regulamento de Listagem do Novo Mercado.

 

Considerando o descrito acima a Companhia preve as seguintes etapas para a migracao para o Novo Mercado e para Implementacao da nova estrutura degovernanca corporativa:

 

A Diretoria da Companhia dara inicio imediatamente as negociacoes com a BM&FBOVESPA visando obter as autorizacoes necessarias a listagem das acoes da Companhia no Novo Mercado.

 

Oportunamente, serao convocadas as Assembleias para deliberar sobre as materias listadas nos itens (1) e (2) acima e sobre a reforma do Estatuto Social da Companhia para adapta-lo as exigencias do Novo Mercado.

 

A eficacia das propostas acima descritas, apos deliberacao em Assembleia Geral, dependera da ratificacao pela Assembleia Especial de Preferencialistas da Companhia, assembleias essas que serao oportunamente convocadas, na forma da legislacao em vigor.

 

Aos acionistas titulares de acoes preferenciais dissidentes das deliberacoes acima referidas, sera assegurado o direito de recesso, considerando as suas posicoes acionarias de 29 de junho de 2011. O valor de reembolso aos acionistas dissidentes sera de R$ 0,32 por acao, com base nas Demonstracoes financeiras de 31/12/2010, aprovado na Assembleia Geral Ordinaria de 27/05/2011.

 

A Companhia continuara a informar o mercado de todas as etapas de adequacao de sua estrutura de governanca corporativa as regras do Novo Mercado atraves de comunicados bem como atraves de seu site de Relacoes com Investidores no endereco http://www.mundial.com

 

Sao Paulo (SP), 30 de junho de 2011."


Fonte: Um Investimentos

Destaques Bovespa - 30/06/2011

Acompanhando o movimento dos mercados internacionais e à espera dos
indicadores econômicos a serem divulgados nos EUA, mercado local
deverá abrir sem uma direção clara definida. A divulgação da meta da
inflação pelo CMN deverá ficar entre os destaques internos do dia.
Cabe ressaltar que, por ser fechamento de semestre, poderemos ver
volatilidade na sessão.

Mundial – Em um breve comunicado da companhia enviado ontem (29) à
CVM, a empresa de produtos de consumos divulgou que pretende ingressar
no novo mercado da BM&F Bovespa. A notícia é positiva para as ações da
companhia, com uma melhora em suas práticas de governança corporativa.

Pão de Açúcar – Em anúncio realizado hoje, o Casino afirmou ter
elevado sua participação no CBD em 6,2%, no valor de R$ 1,1 bilhões,
detendo assim 43,1% do capital total do Pão de Açúcar. Segundo o
comunicado do Casino, o aumento de participação na empresa é para
reafirmar seu compromisso em relação ao Grupo Pão de Açúcar e todos os
stakeholders. Existem diversas possíveis justificativas para essa
mobilização, porém nenhuma delas confirmada pelos principais players.
Além disso, cabe ressaltar que as incertezas em relação ao futuro da
operação ainda são muito altas e a participação do BNDES está sendo
altamente criticada. A notícia é de cunho informativo, porém explica
em parte a alta volatilidade dos papéis do Pão de Açúcar nas últimas
sessões.

Raízen – De acordo com artigo publicado no "Valor Econômico" a Coca-
Cola e a Raízen estão iniciando no Brasil um acordo para utilizar o
açúcar refinado com certificado "Bomsucro" para a fabricação do
refrigerante no país. Segundo Rino Abbondi, vice-presidente de
logística e técnica do Brasil, a Raízen é a única dos 20 fornecedores
de açúcar da companhia e a única do mundo com essa certificação em uma
de suas usinas, a Maracaí, localizada no interior de São Paulo. A
notícia é marginalmente positiva para a companhia.

Setor Elétrico – De acordo com o jornal "Valor Econômico", a
Electricité de France, a maior empresa europeia do setor elétrico,
pretende voltar a investir no Brasil, cinco anos após ter vendido sua
participação na Light. Os objetivos da empresa são os projetos de
hidrelétricas de Tapajós (PA) do grupo Eletrobrás e de energia
renovável e térmica. Ao visitar o país, o presidente da companhia,
Henri Proglio, se reuniu com o presidente da Eletrobrás, José da Costa
Carvalho Neto, com o vice-presidente Michel Temer e com o ministro de
Minas e Energia, Edson Lobão. Além disso, se reuniu com a
ex-controlada, Light, e com a Cemig, atual controladora da
distribuidora carioca. O executivo não revelou maiores detalhes sobre
a intenção do grupo francês, entretanto, declarou que se trata "mais
de uma questão de meses do que anos". A notícia é de cunho
informativo.

Setor Elétrico – Segundo o jornal "O Estado de São Paulo", o ministro
de Minas e Energia, Edson Lobão, enviou uma carta para o diretor-geral
da Aneel, Nelson Hübner, criticando as ameaças da agência reguladora
de cassar as licenças de operação das usinas termoelétricas do Grupo
Bertin, as quais foram concedidas pelo próprio ministério. As
divergências entre as duas entidades começaram em maio, quando a Aneel
ameaçou suspender as licenças de duas termoelétricas da Companhia
Hidroelétrica do São Paulo (Chesf), subsidiária da Eletrobrás. De
acordo com o ministério, a cassação de licenças não compete à Aneel,
contudo, a agência reguladora afirmou o contrário, alegando que sua
função engloba também a fiscalização de licenças cedidas pelo governo.
A notícia é de cunho informativo, contudo, deve ter reflexos negativos
no longo prazo, já que compromete a independência da agência em
relação ao governo.

Setor de Frigoríficos – Segundo notícia publicada no jornal "Valor
Econômico", a África do Sul permitiu novamente a importação da carne
suína brasileira após ter criado uma barreira contra o produto do país
após o surto de febre aftosa que atingiu o Paraná e Mato Grosso do
Sul, em 2005. Além disso, de acordo com o artigo, na próxima
segunda-feira, um grupo comercial brasileiro desembarcará na Rússia
para explicar ao ministro da área sanitária do país, Sergei Dankvert,
as melhoras nas especificações técnicas dos frigoríficos brasileiros
realizadas após as suas exigências na sua visita ao Brasil, no qual
embargou 85 plantas brasileiras em 15 de junho, com objetivo de
reabrir a exportação do produto ao país. A notícia é positiva para as
empresas do setor.

Setor de Petróleo – Segundo a empresa de exploração britânica, BG
Group, a estimativa para suas reservas na Bacia de Santos passou de 3
bilhões de barris anunciada em fev/2010, para 6 bilhões de barris e
com potencial de chegar em até 8 bilhões de barris, após o avanço de
seu programa exploração e mapeamento de reservas iniciado em 2010. A
empresa detém uma participação que varia entre 20% a 40% em cinco
blocos no pré-sal de Santos. A notícia é positiva para as empresas do
setor.

Setor de Telecomunicações – Segundo o jornal "Folha de São Paulo", o
ministro de comunicações, Paulo Bernardo, lançará hoje (30) o Plano
Nacional de Banda Larga, o qual será oferecido por quatro
concessionárias (Oi, Telefônica, CTBC e Sercomtel) dentro de um mês. A
meta do programa é atender 70% dos municípios brasileiros com conexões
de alta velocidade até 2014 (hoje, apenas 27% são atendidos). O preço
será de R$ 29,80 nos estados com isenção de ICMS e R$ 35 nas unidades
federativas sem o imposto. A notícia é marginalmente positiva para as
empresas do setor, pois o programa permitirá que as companhias
ofereçam outros serviços como telefone e TV a cabo.

Suzano – A companhia informou ontem (29), em comunicado enviado à CVM,
que a meta de investimento para esse ano é de investir R$ 3,5 bilhões
e ter uma alavancagem máxima entre 3 a 3,5 vezes na relação dív.
líquida/EBITDA em 2011.  Além disso, a Suzano adiou a compra dos
equipamentos industriais da unidade do Piauí para 2014. A notícia é
apenas informativa.

Vale – A agência de informações Reuters informou que a mineradora
reativou ontem (29) seu forno n° 2 do complexo de Sudbury, no Canadá,
fazendo com que essa unidade comece a operar em sua plena capacidade
de instalação. Somado a isso, a Vale informou que pretende iniciar no
início de 2012 a comercialização em "grande escala" do carvão extraído
de sua unidade em Moatize, Moçambique, tendo como meta alcançar uma
exportação de 6,371 milhões de toneladas de carvão até o final do
próximo ano, valor três vezes maior que a capacidade atual. A notícia
é marginalmente positiva para a companhia. Já em relação ao interesse
da Vale em adquirir as minas de cobre e cobalto da Metrotex, no Congo
e Zâmbia, o jornal "Valor Econômico" divulgou um artigo no qual
informa que a mineradora chinesa Jinchuan entrou na disputa com a
mineradora brasileira pelo cobre na África, oferecendo um valor 8,8%
superior ao ofertado pela Vale. A notícia é apenas informativa.

Fonte: Um Investimentos

Pão de Açúcar é elevado para ‘compra’ pelo Bank of America

O banco aposta em uma “probabilidade crescente” de que a varejista brasileira tenha sucesso na fusão com os ativos locais do Carrefour SA
Nova York - A Cia. Brasileira de Distribução Grupo Pão de Açúcar teve sua recomendação elevada de “neutra” para “compra” pelo Bank of America Merrill Lynch, que disse haver uma “probabilidade crescente” de que a varejista brasileira tenha sucesso na fusão com os ativos locais do Carrefour SA.
O preço alvo por ação do Pão de Açúcar em 12 meses foi elevado de R$ 73 para R$ 92, disse o Bank of America. As ações do Pão de Açúcar caíram 3,1 por cento ontem, para R$ 71, depois de terem subido 13 por cento na véspera.
A proposta de fusão feita pelo Banco BTG Pactual SA tem 70 por cento de chance de sucesso, disse o Bank of America, porque tem o suporte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e da legislação local que “suprime os votos dos acionistas quando é considerado haver conflitos de interesse”.

Dívida do setor público mantém-se em 39,8% do PIB em maio, diz BC

Em valores nominais, a dívida líquida atingiu no mês passado R$ 1,532 trilhão

Fabio Graner e Renata Veríssimo, da Agência Estado
BRASÍLIA - A relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB) ficou estável em maio ante abril, em 39,8%, segundo dados divulgados há pouco pelo Banco Central. Em valores nominais, a dívida líquida atingiu no mês passado R$ 1,532 trilhão ante R$ 1,519 trilhão no mês anterior.
A dívida bruta do governo geral (governo federal, Estados e municípios, excluindo as empresas estatais e o Banco Central) caiu de 56% do PIB em abril para 55,7% do PIB em maio. Em valores nominais, no entanto, a dívida bruta aumentou de R$ 2,135 trilhões para R$ 2,147 trilhões, no mesmo período.

Petrobras: múltiplos ‘extraordinariamente atraentes’, diz BofA

Segundo analista do banco, a segurança dos investidores deve aumentar após a apresentação do plano da Petrobras para 2011-2015
São Paulo - A Petróleo Brasileiro SA tem múltiplos “extraordinariamente atraentes”, já que as preocupações do mercado são “exageradas”, disse o Bank of America Corp.
As ações preferenciais da Petrobras estão sendo negociadas com um desconto “injustificado” de 22 por cento em relação a seus rivais globais, com um preço de 6,8 vezes a projeção de lucro da empresa este ano, escreveu Frank McGann, analista no Bank of America, em uma nota para clientes datada 29 de junho.
“O plano da Petrobras para 2011-2015 deve ser anunciado nas próximas semanas e deve dar segurança aos investidores, com um limitado aumento” nos investimentos, o analista escreveu.

Vendas de papelão ondulado recuam 0,76% em maio

As vendas de papelão ondulado somaram 281.183 toneladas em maio deste ano, conforme dados consolidados divulgados nesta quinta-feira (30/6) pela Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO).
A cifra representa uma queda de 0,76% em comparação ao mesmo mês de 2010, quando a comercialização do produto atingiu 283.332 toneladas.
Quando comparado com abril, as vendas de papelão ondulado apresentam uma alta de 9,12%.

HRT inicia perfuração de seu terceiro poço na Bacia do Solimões

São Paulo – HRT O&G iniciou ontem (29/6) a perfuração do seu terceiro poço exploratório, localizado a aproximadamente 7,5 km do Município de Carauari (Amazonas).
Com base em resultados de poços anteriores, a HRT espera testar neste poço o potencial de produção de gás dos reservatórios da Formação Jurua Inferior (Carbonífero, entre 299 e 303,9 milhões de anos) e também avaliar se os reservatórios de idade Devoniana (entre 359,2 e 374,5 milhões de anos) possuem potencial para produção de hidrocarbonetos.
O poço está na locação 1-HRT-168/01-AM e está sendo perfurado pela sonda QG IX, da Queiroz Galvão, com previsão de atingir a profundidade final em torno de 2.620 metros.
A HRT O&G possui 55% de participação em 21 blocos exploratórios na Bacia do Solimões, ocupando uma área de aproximadamente 48,5 mil quilômetros quadrados. Nessa área, foram mapeados e certificados 52 prospectos e 11 descobertas classificadas como recursos contingentes.
No próximo mês está previsto o inicio da perfuração na locação 1-HRT-194/01-AM. Este poço será perfurado na estrutura mapeada e classificada como recurso contingente denominado Igarapé Maria (IMA), situado ao sul do Campo Sudoeste de Urucu (SUC).

Abilio Diniz contrata Márcio Thomaz Bastos

Daniele Madureira | Valor

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SÃO PAULO - Enquanto o varejista francês Casino contratou o advogado José Carlos Dias para defender os seus interesses na holding Wilkes, controladora do Grupo Pão de Açúcar (GPA), Abilio Diniz, presidente do conselho do GPA, chamou Márcio Thomaz Bastos.

(29/06) BRF FOODS (BRFS - NM) - Distribuicao de juros sobre o capital proprio

29/06) BRF FOODS (BRFS - NM) - Distribuicao de juros sobre o capital proprio
(Alteracao no valor por acao dos juros)
DRI: Leopoldo Viriato Saboya
 
Enviou o seguinte Aviso aos Acionistas:
"Com relacao ao aviso aos acionistas divulgado em 17 de junho de 2011 informamos
que a remuneracao aos acionistas e de R$ 0,33591469 por acao, a ser paga em
29/08/2011, sob a forma de juros de capital. Sera retido o Imposto de Renda na
fonte, conforme legislacao em vigor, ja deduzido o montante de acoes em
tesouraria.
As acoes negociadas a partir de 30/06/2011 nao terao direito ao referido
credito.
1. INSTRUCOES QUANTO AO CREDITO
1.1. Para os acionistas que se encontram custodiados no Banco Itau S.A. o
credito sera efetuado em 29/08/2011 diretamente em conta corrente para seus
correntistas, e atraves de DOCs/TEDs para os correntistas dos demais bancos.
1.2. A empresa colocara a disposicao na mesma data as importancias relativas aos
acionistas custodiados nas Bolsas de Valores, que se encarregarao de repassa-las
as corretoras depositantes para que estas efetuem os creditos aos acionistas
titulares.
1.3. A documentacao comprobatoria de imunidade ou isencao (copias autenticadas),
para fins de nao retencao de imposto de renda na fonte, devera ser feita
conforme o caso, mediante apresentacao ate o dia 29/06/2011 no endereco
relacionado abaixo. O mesmo ocorre para os acionistas amparados por medida
judicial.
1.4. Endereco para maiores esclarecimentos ou envio de documentos:
Gerencia de Relacoes com Investidores
Rua Hungria, 1400 - 5 andar - 01455-000 Jardim Europa - Sao Paulo-SP
Telefones: (11) 2322-5052/5050/5048/5049/5051/5047/5061 - Fax: (11) 2333-5740
E-mail: acoes@brasilfoods.com."
 
Norma: a partir de 30/06/2011, acoes escriturais ex-juros.
Nota: encontra-se a disposicao no site da BM&FBOVESPA (www.bmfbovespa.com.br),
em Empresas Listadas / Informacoes Relevantes, o Aviso aos Acionistas de
17/06/2011.

Advent negocia compra da Certisign

Certisign: acordo custará R$ 300 milhões à Advent
São Paulo - O fundo de private equity americano Advent está negociando a compra da Certisign, empresa brasileira que lidera o mercado de certificação digital. Segundo EXAME apurou, o negócio está em sua reta final e pode ser fechado nas próximas semanas. A aquisição deverá custar cerca de 300 milhões de reais ao Advent.
A venda da Certisign é assessorada pela butique de investimentos Virtus BR, fundada pelo ex-presidente do BNDES Eleazar de Carvalho. O processo foi aberto a outros interessados. Recentemente, o Advent obteve um acordo que garante ao fundo a exclusividade nas negociações.
Fundada em 1996, a Certisign tem entre seus sócios o fundo de venture capital Intel Capital.
Segundo executivos que tiveram acesso aos números da companhia, sua geração anual de caixa beira os 50 milhões de reais. Diversos fundos de investimento participaram do processo, que se afunilou nos últimos meses.
Esta seria a segunda aquisição do Advent em 2010. No início do ano, o fundo comprou uma participação de 50% no Terminal de Contêineres de Paranaguá. No ano passado, o Advent levantou um fundo de 1,65 bilhão de dólares para comprar empresas na América Latina.
Procurados por EXAME, Certisign e Advent não comentaram a transação.

Para analista, juros altos no Brasil e baixos nos EUA, e não QE2, são o principal fator para a valorização do real.

Da BBC Brasil em Washington - Inúmeras vezes criticada pelo Brasil por provocar uma entrada excessiva de capital no país e a valorização do real, a operação feita pelo Tesouro americano de compra de títulos emitidos pelo governo dos EUA com prazo longo, chega ao fim nesta quinta-feira.
Nesta segunda rodada do chamado Quantitative Easing (QE2, na sigla em inglês) que termina agora, foram injetados US$ 600 bilhões (cerca de R$ 942 bilhões) na economia dos Estados Unidos nos últimos oito meses.
Pelo mecanismo, o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) chegou a investir no auge da crise econômica mundial, entre 2008 e 2009, US$ 1,75 trilhão (cerca de R$ 2,75 trilhões) na compra de títulos.
A expansão de moeda circulante criada pelo relaxamento monetário foi criticado por diversos países, inclusive o Brasil. Eles alegaram que o súbito excesso dos EUA migrava para estes países o que acabava causando desequilíbrios com o enfraquecimento do dólar nestes mercados e a consequente valorização das moedas locais.
Apesar das reclamações do governo brasileiro, porém, é incerto o impacto que o encerramento da medida de relaxamento quantitativo pode ter na economia brasileira.
"Há diversos aspectos domésticos no Brasil que contribuem para o excesso de liquidez", disse à BBC Brasil o economista-chefe para a América Latina da consultoria IHS Global Insight, Rafael Amiel.
"O Brasil não pode culpar os Estados Unidos pela situação de sua economia", diz.
Na reunião anual do FMI (Fundo Monetário Internacional), realizada em Washington em outubro passado, o então presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que o desequilíbrio mais importante na economia mundial era "a expansão monetária norte-americana, usada para combater o baixo crescimento e o desemprego ainda elevado nos Estados Unidos".
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, criticou diversas vezes a medida e chegou a cunhar a expressão "guerra cambial" para se referir ao fato de alguns países manterem suas moedas desvalorizadas de maneira artificial, tornando suas exportações mais baratas e competitivas e provocando um efeito negativo sobre países com moedas mais valorizadas.
Juros
No entanto, segundo o analista da IHS, enquanto a taxa básica de juros (Selic) brasilera se mantiver alta e a dos Estados Unidos permanecer próxima de zero, o Brasil vai continuar a atrair um forte fluxo de capital estrangeiro, independentemente do fim do QE2.
"As taxas de juros estão muito baixas nos Estados Unidos e muito altas no Brasil", diz Amiel.
"O fim do QE2 poderá até provocar alguma redução nos fluxos para o Brasil, mas não creio que vá representar uma mudança drástica no cenário atual", afirma o economista.
Os Estados Unidos mantêm sua taxa de juros inalterada desde dezembro de 2008, em entre 0% e 0,25%, e o Fed afirma que esse patamar deverá permanecer assim por "um longo período".
O mesmo ocorre em outras economias avançadas, que enfrentam uma recuperação lenta pós-crise econômica mundial e têm juros baixos.
Ao contrário desses países, as economias emergentes, entre elas o Brasil, registraram uma recuperação vigorosa depois da crise e mantêm juros altos, atraindo a atenção dos investidores internacionais.
No caso brasileiro, a Selic já foi elevada quatro vezes neste ano, e está atualmente em 12,25%. A previsão do mercado é de que ainda registre pelo menos mais um aumento.
Inflação
O último relatório de inflação do Banco Central, relativo ao segundo trimestre e divulgado nesta quarta-feira, reforça a expectativa de novas altas na Selic.
A estimativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) neste ano foi elevada em 0,2 ponto percentual, para 5,8% - ainda assim abaixo do teto da meta, de 6,5%. No entanto, analistas de mercado já projetam inflação de 6,16% neste ano.
Para 2012, a projeção do Banco Central é de 4,8%, acima dos 4,6% previstos anteriormente e também acima do centro da meta de inflação, de 4,5%.
Para combater a alta da inflação, o governo recorre ao aumento da taxa de juros. Isso atrai maior fluxo de capital estrangeiro, o que acaba forçando a valorização do real frente ao dólar e tornando as exportações menos competitivas no mercado internacional.
Desde o ano passado o governo brasileiro vem adotando uma série de medidas para conter a entrada de capital especulativo. Mas os investimentos estrangeiros no Brasil devem continuar a crescer, especialmente em um momento em que o país se prepara para receber a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
Se o cenário doméstico contribui para a entrada excessiva de capitais e a consequente valorização do real, há também outros fatores externos. O economista da IHS cita entre eles a China, maior parceiro comercial do Brasil, do qual compra principalmente soja e minério de ferro, contribuindo para o aumento dos preços das commodities.
Segundo Amiel, a valorização do real também está relacionada a um enfraquecimento do dólar e não deve ser revertida no curto prazo.
"O Brasil terá de se acostumar com o real forte por um bom tempo", diz.

Casino contra-ataca e compra US$ 1 bi em ações do Pão de Açúcar

Sócio francês passa a deter mais que o dobro das ações de Abilio Diniz na varejista brasileira

Advogado do Casino diz que plano entre Abilio, Carrefour, BTG e BNDES para fusão é "golpe de Estado corporativo"

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO
MARIO CESAR CARVALHO
DE SÃO PAULO

Para fazer frente ao que chamou de "golpe de Estado corporativo", o grupo francês Casino, sócio de Abilio Diniz no comando do Pão de Açúcar, comprou em Bolsa nos últimos dias mais US$ 1 bilhão em ações da rede varejista brasileira e passou a deter mais que o dobro da fatia do empresário na empresa.
A aquisição foi anunciada um dia após Abilio comunicar ao mercado que obteve dinheiro do BNDES e do banco BTG Pactual para levar adiante plano de fusão com o Carrefour no país.
Com a compra de ações, o Casino eleva sua participação de 37% para 43,1% no capital total do grupo Pão de Açúcar, enquanto Abilio se mantém com 21% das ações.
A posição acionária do Casino no Pão de Açúcar se torna tão elevada que, mesmo se a fusão com o Carrefour sair, ele poderá ter influência decisiva na nova empresa.
No desenho original, o Casino teria papel menor que o de Abillio e o do Carrefour.

"GOLPE DE ESTADO"
O advogado José Carlos Dias, contratado pelo Casino para defendê-lo em eventuais ações criminais, disse à Folha que o plano que Abilio costurou com o Carrefour, o BTG Pactual e o BNDES equivale "a um golpe de Estado".
"Não se pode aceitar o que eu chamo de golpe de Estado corporativo. Fizeram um acordo secreto e estão usando o BNDES para pressionar os franceses", afirma o criminalista, que foi ministro da Justiça no governo de FHC.
Para ele, seria vexaminoso e humilhante para a imagem do Brasil a noção de que o país não respeita contratos.
O acordo de acionistas assinado em 2005 entre Abilio e Casino previa que o grupo francês passaria a controlar o Pão de Açúcar em 2012.
O plano apresentado por Abilio, BTG e BNDES não inclui o Casino na direção dos negócios a partir de 2012.
O advogado diz que não dá para entender as razões que levaram o BNDES a se dispor a investir R$ 3,9 bilhões num negócio que não tem nada a ver com política industrial, seu suposto foco.
A assessoria jurídica da Estáter, que fez o plano de fusão, diz que a acusação de "golpe de Estado" é infundada por duas razões:
1) o acordo de acionistas do Pão de Açúcar com o Casino não proíbe nenhuma das partes de negociar com outros parceiros; 2) a proposta de fusão apresentada anteontem não viola o acordo de acionistas porque precisa ser aprovada pelos órgãos corporativos das empresas.

Discurso de Abilio é que "negócio será bom para todos"

Grupo Casino ficaria em situação desconfortável com seus acionistas se vetasse operação "promissora" em emergente

R$ 460 mi do BNDES comprariam ações do Carrefour na França; economia com a fusão seria vantagem

TONI SCIARRETTA
MARIO CESAR CARVALHO
DE SÃO PAULO

O Casino tem argumentos contratuais, comerciais e até éticos para rejeitar a fusão com o Carrefour no Brasil.
Mas ficará em situação difícil perante seus acionistas se impedir o avanço de um negócio que pode ser interessante para a empresa.
O principal argumento é a receptividade do mercado, que elevou as ações em 9,8% nos últimos dois dias, com a visão de que aumentarão os ganhos do grupo.
Além do dinheiro barato do BNDES, do apoio do governo Dilma, a fusão traz uma economia com corte de custos de R$ 1,6 bilhão por ano, segundo estudo da Fundação Getulio Vargas que acompanha a proposta.
O ganho é citado em entrevista à Folha por Percio de Souza, sócio da Estáter, empresa que fez a intricada operação de fusão, para tentar provar que as três empresas -Pão de Açúcar, Casino e Carrefour- teriam ganhos com a junção dos negócios no Brasil e na França.
O Casino ganharia R$ 230 milhões ao ano, se a estimativa da FGV estiver correta.
Os ganhos seriam decorrentes de sinergia, aumento de eficiência e de melhoras na logística, aponta o estudo.
Do ponto de vista comercial, elimina um dos dois únicos rivais de porte (sobra só o Walmart), aumentando o poder de barganha junto a fornecedores e estreitando as opções dos consumidores.
Com presença em diferentes países, diversifica as apostas e reduz a dependência de um só mercado.
"É um ganha, ganha, ganha. Ganha o acionista e o próprio consumidor, graças ao repasse de sinergias. Todos os acionistas do Carrefour e do Pão de Açúcar terão tempo para avaliar, podendo aceitar ou não. Não tem hostilidade nessa oferta", disse Carlos Fonseca, sócio do banco BTG Pactual.
O melhor argumento contrário é que o Carrefour brasileiro, que enfrenta dificuldades e teve rombo de 500 milhões em 2010, teria sido superavaliado na transação.
Na fusão, o Carrefour entra com 31% da nova empresa, enquanto o Pão de Açúcar fica com 69%. Também haveria conflito de interesse porque, quanto mais alta a avaliação do Carrefour brasileiro, mais os acionistas da matriz se beneficiam.
Segundo Percio de Souza, consultor da Estáter e "arquiteto" da fusão, Abilio não teve oportunidade de "vender" o negócio aos franceses.
"Não tivemos escolha. Eles não quiseram nos ouvir. Se não aprovar, o negócio não ocorre. Mas eles vão ter que assumir o ônus, para o resto da vida, de ter barrado uma oportunidade importante para todos", disse.

"GANHO BRUTAL"
De acordo com o estudo, o lucro por ação passaria de R$ 2,80 para R$ 4,70, o que Souza classifica de "ganho brutal". "Todos os acionistas terão ganhos financeiros."
O engenheiro diz que, do 1,7 bilhão que será injetado pelo BNDES na operação, 1,5 bilhão vai ser investido no Brasil, para aumentar o capital da NPA (Novo Pão de Açúcar), empresa que nasceria da fusão dos três grupos.
Os 200 milhões restantes (equivalentes a R$ 460 milhões) seriam aplicados na França, na compra de ações do Carrefour.
Um fundo do banco BTG Pactual entraria com mais 800 milhões a serem investidos na França, ainda segundo o financista.
"Não é verdade que o Casino vai ser dirigido por um concorrente. A direção vai ser da NPA", rebate. Na França, ocorreria o inverso, segundo ele: o Casino passaria a controlar o Carrefour.

Governo dá sinal verde à operação Diniz-Carrefour

De Brasília e São Paulo
30/06/2011


Setores do governo deram sinais favoráveis à fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour no Brasil, com apoio de R$ 3,9 bilhões do BNDES. O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, disse que a operação é estratégica para o país pela possibilidade de ampliar o mercado internacional para produtos nacionais.
A presidente Dilma Rousseff foi informada previamente da operação. Segundo fontes do Palácio do Planalto, pediu "cautela", mas não se opôs ao envolvimento do BNDES no negócio. O banco deve participar por meio do BNDESPar, seu braço de participações acionárias. Dessa forma, não haveria empréstimo subsidiado.
O governo compara a união das duas redes de supermercados com aquela que resultou na criação da Inbev. Na fusão da brasileira Ambev com a belga Interbrew, em 2004, a gestão da multinacional passou a ser feita por executivos brasileiros. Segundo informações que chegaram ao Planalto, o mesmo poderia ocorrer com a união entre Pão de Açúcar e Carrefour.
O governo considera que o grau de concentração resultante da fusão - estimado em 32,2% - seria normal. Nos EUA, o Walmart também detém 32% do mercado e, na França, o Carrefour tem 26%. Numa avaliação preliminar, não haveria superposição de lojas, mas complementaridade. O governo acredita que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deverá aprovar a operação, mas poderá exigir a venda de alguns supermercados.
O anúncio da possível fusão provocou forte valorização das ações do Pão de Açúcar. Em dois dias, as ações PN, sem direito a voto, tiveram alta de 9,18%. No mês, até ontem, a valorização é de 12,32%, ante uma queda de 3,54% do Ibovespa. As ações da varejista bateram recorde de negociação e giraram quase R$ 1,7 bilhão, quatro vezes o movimento da Vale e cinco vezes o da Petrobras. No entanto, em vez de representar um aval dos investidores, comemorando a potencial transação, a grande demanda vinha do próprio Casino, sócio e atual rival de Abílio Diniz pelo controle do Pão de Açúcar. O Casino informou ontem à noite que nos últimos dias comprou mais 6% do capital da empresa em bolsa. Com isso, sua fatia na companhia subiu de 37% para 43%, num investimento de R$ 1,1 bilhão. Por isso, analistas recomendam cautela aos investidores, porque o Casino tem poder para vetar a operação.

Fundos amargam saques de R$ 4,49 bi na semana

Antonio Perez | De São Paulo.
30/06/2011


Os investidores bateram em retirada dos fundos de investimento na semana passada, tirando dinheiro tanto de aplicações de risco quanto das categorias mais conservadoras. Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o setor amargou no período saída líquida - saques menos entradas, sem contar a rentabilidade - de R$ 4,498 bilhões, diminuindo a captação acumulada em junho, até o dia 24, para R$ 7,959 bilhões.
Quem mais perdeu recursos na semana passada foram os fundos de renda fixa, cujos saques atingiram R$ 2,626 bilhões. Mesmo assim, no acumulado do mês, até o dia 24, a categoria ainda lidera a captação do setor, com a atração de R$ 5,994 bilhões. Como cerca de metade das aplicações em carteiras de renda fixa este mês, até o dia 17, havia ido para fundos de poder público (estados e municípios), parte dos saques na última semana pode estar relacionada também a movimentações específicas nesses fundos.
A semana passada também foi marcada por saques em outras aplicações conservadoras, com os fundos DI perdendo R$ 486,58 milhões e as carteiras de curto prazo, R$ 218,78 milhões. No acumulado do mês, contudo, as duas categorias exibem atração líquida de recursos, com R$ 2,744 bilhões para curto prazo e R$ 913,43 milhões para os fundos DI.
No campo das categorias mais arriscadas, os multimercados, que já vêm em uma toada negativa desde o início do ano, amargaram na semana passada saída líquida de R$ 1,176 bilhão. Com isso, os saques em junho, até o último dia 24, já atingiram R$ 3,719 bilhões.
A falta de apetite dos investidores pelos multimercados pode ser explicada pela rentabilidade média baixa dessas carteiras. Nenhuma das seis estratégias desses fundos acompanhadas pela Anbima conseguiu ganho superior à variação do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI, referência para as aplicações conservadoras) este mês até o dia 24, de 0,77%. A volatilidade nos mercados de juros, câmbio e bolsa nas últimas semanas, dado o cenário externo conturbado, sobretudo pela crise da dívida grega e a desaceleração da economia americana, tem dificultado a vida dos gestores de multimercados.
Na outra ponta, os campeões em rentabilidade em junho, até o dia 24, são os fundos cambiais, com ganhos médios de 1,50%. Trata-se, claro, de um reflexo da valorização de 1,20% do dólar ante o real no período.
Já as carteiras de ações sofreram saques de R$ 207,32 milhões na semana passada. Com isso, passaram a apresentar saques líquidos de R$ 193,59 milhões no acumulado do mês, na esteira de um tombo de 5,58% do Índice Bovespa. Em 2011, os fundos de ações perdem R$ 2,208 bilhões, em meio a uma queda de dois dígitos do Ibovespa.
No acumulado do ano, o setor de fundos tem entrada líquida de R$ 57,02 bilhões, dos quais R$ 53,5 bilhões (93,8%) para as carteiras de renda fixa. Vale lembrar que R$ 28 bilhões referem-se à migração de fundos da categoria multimercados para renda fixa, realizada em fevereiro. Com o resultado da última semana, o patrimônio líquido total doméstico do setor de fundos passou a ser de R$ 1,749 trilhão.
Veja as tabelas de fundos em www.valoronline.com.br/fundos

Deutsche vence nova concorrência para BDRs

Téo Takar | De São Paulo
30/06/2011


O Deutsche Bank venceu o quinto processo de concorrência promovido pela BM&FBovespa para selecionar uma instituição depositária para negociação de dez Certificados de Depósito de Valores Mobiliários (BDRs) Nível I Não Patrocinados.
O Deutsche Bank deverá apresentar, no prazo de 60 dias corridos, a documentação necessária para os pedidos de registro dos dez programas lastreados em ações de empresas estrangeiras. Eles devem ser de companhias que ainda não tenham BDRs negociados na Bovespa, que sejam sediadas nos Estados Unidos e listadas em bolsas americanas.
Atualmente, há 20 programas de BDR Nível I Não Patrocinado disponíveis para negociação na bolsa paulista, cujas instituições depositárias são o próprio Deutsche Bank e o Citibank. Além desses, há mais três lotes de dez programas, que serão apresentados ao mercado em breve por Itaú Unibanco, Bradesco e Citibank.
Os BDRs podem ser negociados por instituições financeiras, fundos de investimento, administradores de carteira e consultores autorizados pela CVM, além de entidades fechadas de previdência e de pessoas físicas e jurídicas com investimentos superiores a R$ 1 milhão. Os demais investidores pessoas físicas só podem aplicar em BDRs por meio de fundos de investimento.

Brasil Foods pede mais prazo ao Cade

Brasil - A Brasil Foods (BRF) pediu mais tempo ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para tentar apresentar um acordo que impeça a reprovação definitiva da fusão entre a Perdigão e a Sadia. Na semana passada, em clima bastante tenso, o relator da matéria no conselho, Carlos Ragazzo, deu voto contrário à transação por considerá-la danosa ao consumidor. O julgamento foi suspenso pelo pedido de vista do conselheiro Ricardo Ruiz. O assunto voltará a ser discutido na quarta-feira.
Correndo contra o tempo, o presidente da BRF, José Antônio do Prado Fay, iniciou hoje o trabalho de convencimento dos conselheiros do Cade que ainda irão votar sobre a operação. No início da noite ele se reuniu, por cerca de uma hora, com os conselheiros Ruiz e Alessandro Octaviani e mais dois procuradores do Cade. Também participaram do encontro o vice-presidente de assuntos corporativos da empresa, Wilson Mello, e o advogado Paulo de Tarso Ramos Ribeiro.
"Nós estamos tentando fazer com que esse pedido de vista seja uma oportunidade para que a empresa consiga explicar seus argumentos e encontre uma solução negociada com o Cade", afirmou Mello, após o encontro.
A estratégia da empresa é ganhar tempo para conseguir negociar um acordo. "A partir da manifestação do conselheiro (Ruiz), nós vamos saber se ele vai julgar ou se vai abrir o espaço para negociação. Nós só vamos saber isso de fato na quarta-feira", afirmou o vice-presidente de assuntos corporativos da BRF. "Se nós quisermos firmar um acordo, nós precisamos de tempo para discutir", acrescentou.
A fusão entre a Perdigão e a Sadia vem sendo analisada há dois anos e um mês. O negócio já passou pelo Ministério da Fazenda e pela procuradoria do Cade, que sugeriram a aprovação do negócio com sérias restrições.

Em dia de tiroteio, Pão de Açúcar gira R$ 1,7 bi

Autor(es): Daniele Camba
Valor Econômico - 30/06/2011


Mal se recuperaram da surpreendente proposta de fusão das operações do Pão de Açúcar com o Carrefour no Brasil, os investidores ontem se depararam com um verdadeiro tiroteio com as ações da varejista brasileira. Durante a manhã, as preferenciais (PN, sem voto) da empresa chegaram a subir 12%. Nesse momento, a sensação que se tinha no mercado é que grandes investidores, com muita bala na agulha, estavam comprando as ações, certos de que o grupo Casino diria sim aos negócios. No entanto, de uma hora para outra, as ações viraram para o campo negativo, fechando em baixa de 3,07%, a maior queda do Índice Bovespa.
Esse sobe e desce deixou os investidores sem saber o que pensar. Afinal de contas, as apostas são de que a fusão vai ou não dar certo?
O giro de negócios com os papéis do Pão de Açúcar reforça o tamanho do bangue-bangue que ocorreu entre os investidores. As ações movimentaram R$ 1,7 bilhão, o equivalente a 26% do giro da Bovespa. Esse volume superou, e muito, os negócios com tradicionais papéis, como as PNs série A da Vale que giraram R$ 408,3 milhões e as PNs da Petrobras, com R$ 330,6 milhões.
O volume é significativo também quando comparado com o histórico da companhia. No ano, a média diária de negócios com as ações do Pão de Açúcar era de R$ 49,7 milhões.
Esse giro gigantesco e o comportamento errático das ações deixou o mercado intrigado. Quem seria forte o suficiente para estar por trás desses negócios e fazer o volume dar tamanho salto?
Para os analistas, o Casino era o grande protagonista desse burburinho. "Só alguém com muito dinheiro e muito interessado na operação poderia ser o responsável por esse giro", diz o diretor de uma corretora.
Bingo! Por volta das 20h30, o Casino informou o Pão de Açúcar que comprou nos últimos dias o equivalente a 6% do capital total do Pão de Açúcar.
Outra sinalização que levantava suspeitas sobre o Casino era a grande movimentação de ações por corretoras estrangeiras, que costumam intermediar operações de investidores internacionais. Corretoras como Credit Suisse, Morgan Stanley, Barclays e Link (comprada pelo UBS) foram os grandes destaques tanto na ponta de compra quanto na de venda das ações.
Existem várias teses para essa compra de ações confirmada pelo Casino. Alguns acreditam que o aumento de participação seria para o grupo francês ter maior poder de fogo na negociação com o Pão de Açúcar. Já outros apostam que esta é apenas a forma encontrada pelo Casino para mostrar ao Pão de Açúcar que o grupo continua bem vivo e disposto a brigar.
Coincidência ou não, as ações passaram a cair depois que o Pão de Açúcar enviou uma carta aos controladores, acionistas e partes relacionadas proibindo a negociação com as ações, já que podem ter informações privilegiadas neste momento. Inclui-se nesse grupo o Casino.
Daniele Camba é repórter de Investimentos

PDG consegue aprovar remuneração dos executivos

De São Paulo
30/06/2011


A construtora PDG conseguiu fixar a remuneração dos seus administradores em R$ 30 milhões neste ano. Em abril, a mesma proposta salarial tinha sido vetada pelos acionistas da empresa, que seguiram orientação de consultorias internacionais de recomendação de voto.
A proposta foi aprovada com voto favorável de 98,25% dos presentes na assembleia realizada na terça-feira.
No encontro anterior, cerca de 60% dos acionistas tinham dado voto contrário, um fato inédito desde que passou a vigorar, em 2010, a Instrução nº 480 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que obriga as empresas a divulgar a remuneração dos executivos.
Na época, consultorias como a Institutional Shareholder Services (ISS) e a Glass Lewis recomendaram aos acionistas que votassem contra a sugestão de remuneração apresentada pela companhia.
Essas consultorias desaprovam o fato de a PGD se apoiar na liminar judicial obtida pelos associados à regional Rio do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-Rio) para não publicar detalhes da sua política de remuneração.
Segundo o presidente da PDG, José Antônio Grabowsky, os acionistas seguiram orientação das consultorias na primeira assembleia sem saber exatamente os critérios utilizados por essas empresas. "Tivemos conversas com os acionistas para esclarecer o quão prejudicial seria para a PDG permanecer sem aprovar a remuneração", conta.
Ainda segundo Grabowsky, a própria consultoria ISS alterou sua recomendação, após a PDG esclarecer que só não detalha os salários "para preservar a segurança dos executivos".
Os R$ 30 milhões aprovados não incluem despesas com opção de compra de ações. Apesar de o mesmo teto ter sido estipulado pelos acionistas em 2010, a remuneração de diretores e conselheiros reconhecida no resultado da PDG no ano passado foi de R$ 55 milhões, sendo R$ 35 milhões em opções de compra de ações, R$ 17,9 milhões em participação nos lucros e R$ 2,3 milhões de salário fixo.
Com as novas regras impostas pela Lei Dodd-Frank, aprovada nos Estados Unidos em 2010, os investidores de companhias americanas passaram a poder opinar sobre os valores de remuneração dos executivos, ainda que sem poder alterá-los. (MF)

Tam recebe mais aviões que permitem celular no voo

Lurdete Ertel (lertel@brasileconomico.com.br)

Em meados de julho, a companhia deve receber o quarto avião com a tecnologia
A Tam deve receber hoje (30/6) mais uma aeronave equipada com o sistema Onair, que permite a realização de chamadas telefônicas, envio de mensagens e acesso à internet pelo celular durante o voo.
Este será o terceiro avião da companhia brasileira com a tecnologia, desenvolvida a quatro mãos pela Airbus e Sita.
A segunda aeronave da empresa que permite usar celular a bordo, um A319, começou a operar na semana passada entre São Paulo (CGH), Rio de Janeiro (SDU), Curitiba, Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte (CNF).
Também voará de São Paulo para o Nordeste e entre Brasília, Manaus, Fortaleza e Salvador.
Em meados de julho, a companhia deve receber o quarto avião com a tecnologia, que está usando de forma pioneira no Brasil desde outubro passado.
Até o final do ano, a Tam espera ter na sua frota 29 aviões com o Onair para a cobertura de toda a malha do

Confiança da indústria tem menor nível em quase 2 anos

Brasil Econômico (redacao@brasileconomico.com.br)

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) ficou praticamente estável entre maio (84,4%) e junho (84,3%)
Após a sexta queda no ano, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) chega ao menor nível desde outubro de 2009 (107,0 pontos).
O índice recuou 2,5% entre maio e junho de 2011, ao passar de 109,9 para 107,1 pontos, conforme informou nesta quinta-feira (30/6) a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) ficou praticamente estável entre maio (84,4%) e junho (84,3%).
"A queda do indicador em junho foi influenciada principalmente pela piora das avaliações em relação ao momento presente", avalia a entidade.
O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 3,5%, ao passar para 107,7 pontos. O quesito que mede o grau de satisfação com o ambiente atual dos negócios foi o que mais influenciou na queda. Entre maio e junho, o indicador recuou 6,6%, ao passar para 113,8 pontos.
A proporção de empresas que consideram a situação dos negócios como boa reduziu-se de 32,2% para 26,5%; a parcela das que a avaliam como fraca aumentou de 10,4% para 12,7%.
Já o Índice de Expectativas (IE) cedeu 1,7%, ficando em 106,5 pontos.
No mesmo sentido, as perspectivas para o emprego industrial tornaram-se menos favoráveis. O indicador que mede o ímpeto de contratações recuou 3,1%, ao passar para 118,9 pontos em junho.
Das 1.146 empresas consultadas, 30,2% pretendem ampliar o quadro de pessoal no trimestre junho-agosto, e 11,3% reduzi-lo. Em maio, estes percentuais haviam sido de 32,8% e 10,1%, respectivamente.

Vale divulgará resultados trimestrais no dia 28 de julho após fechamento do mercado

SÃO PAULO – A Vale (VALE3, VALE5) divulgará seus resultados referentes ao segundo trimestre deste ano no dia 28 de julho após fechamento do mercado. Os números da mineradora serão revelados simultaneamente em BR GAAP, IFRS (International Financial Reporting Standards) e US GAAP, segundo comunicado ao mercado.
Já em Hong Kong, país em que a mineradora negocia BDRs (Brazilian Depositary Receipts), os resultados chegam ao mercado no dia 29 de julho, antes da abertura dos mercados. O motivo é a diferença de fuso horário entre o Brasil e o país asiático.
Teleconferência acontece no dia seguinte
A teleconferência acontece no dia 29 de julho, às 12h00 (horário de Brasília), horário que corresponde às 11h00 em Nova York, 16h00 em Londres e 23h00 em Hong Kong.

Casino contra-ataca e compra US$ 1 bi em ações do Pão de Açúcar

Para fazer frente ao que chamou de "golpe de Estado corporativo", o
grupo francês Casino, sócio de Abilio Diniz no comando do Pão de
Açúcar, comprou em Bolsa nos últimos dias mais US$ 1 bilhão em ações
da rede varejista brasileira e passou a deter mais que o dobro da
fatia do empresário na empresa, informa reportagem de Toni Sciarretta
e Mario Cesar Carvalho para a Folha.

A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa
controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

A aquisição foi anunciada um dia após Abilio comunicar ao mercado que
obteve dinheiro do BNDES e do banco BTG Pactual para levar adiante
plano de fusão com o Carrefour no país.

Com a compra de ações, o Casino eleva sua participação de 37% para
43,1% no capital total do grupo Pão de Açúcar, enquanto Abilio se
mantém com 21% das ações.

A posição acionária do Casino no Pão de Açúcar se torna tão elevada
que, mesmo se a fusão com o Carrefour sair, ele poderá ter influência
decisiva na nova empresa. No desenho original, o Casino teria papel
menor que o de Abillio e o do Carrefour.

Fonte: Folha.com

Rapidinhas: Bovespa, Pão de Açúcar, Mundial, CADE, Dolar, Petroleo

  1. As ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR4) foram o destaque do pregão de ontem e trabalharam bastante voláteis durante o dia. Após uma valorização de 12% no início das negociações, as ações fecharam em queda de 3,2%...
  2. Foram realizados mais de 33 mil negócios com os papéis da empresa, movimentando quase R$ 1,7 bilhão, aproximadamente 25% do volume total das operações dentre as ações que compõem o índice Ibovespa...
  3. As dúvidas em relação a viabilidade do processo de fusão das operações brasileiras do Pão de Açúcar e o Carrefour pesaram aos investidores no final do dia...
  4. As ações da Qualicorp (QUAL3), administradora de planos de saúde, estrearam na BM&F Bovespa ontem em forte alta, fechando o dia com valorização de 15,7%...
  5. O movimento é visto após a decepção com a formação do preço unitário das ações abaixo do piso da estimativa dos coordenadores da IPO (Oferta Pública Inicial na sigla em inglês), que era de R$ 16,00. No entanto, o valor de R$ 13,00, pago pelos investidores na IPO, acabou sendo positivo, mostrando que as ações estavam subavaliadas no mercado...
  6. A Mundial S/A (MNDL3 e MNDL4) apresentou ontem os resultados referentes ao primeiro trimestre de 2011. No período a empresa acumulou R$ 6,2 milhões em prejuízos, 60% maior do que o mesmo período do ano passado. A receita líquida da empresa subiu 32%, atingindo R$ 95,6 milhões nos primeiros três meses de 2011...
  7. O CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) deve retomar o processo de fusão Sadia e Perdigão, que formou a Brasil Foods (BRFS3), no dia 13 de julho. A empresa comunicou que continua tentando uma solução negociada do caso com o CADE...
  8. O Dólar registrou queda novamente ontem, quase perdendo o R$ 1,57 de referência...
  9. A cotação do barril de petróleo registrou forte alta ontem na bolsa de commodities de Nova Iorque e fechou o dia valendo US$ 94,77, valorização de 2,5%...
  10. O parlamento da Grécia aprovou o plano de austeridade fiscal proposto pelo governo do Primeiro-Ministro Georgios Papandreou, abrindo caminho para a liberação de novas parcelas dos empréstimos emergenciais concedidos pela União Européia e o FMI...
  11. As vendas de imóveis usados dispararam em maio nos EUA. O indicador mostrou crescimento de 8,2% na comparação mensal, um forte movimento para o setor. O resultado veio bem acima do esperado, já que os analistas aguardavam uma retração de 0,6% para o mês. O dado é importante, pois os imóveis usados correspondem a cerca de 75% das transações imobiliárias do país...
Fonte: Advfn

Ações de siderúrgicas em alta na Bolsa: Existe justificativa?

As ações de empresas do setor de siderurgia foram destaque na ponta
positiva do índice Ibovespa ontem, após o parlamento da Grécia aprovar
o plano de austeridade fiscal que permitirá ao país continuar a
receber ajuda financeira internacional. Os analistas acreditam que os
investidores voltaram às compras após uma maior certeza de que a
Grécia não precisará declarar moratória de sua dívida pública, o que
seria um desastre para a economia mundial. Outra sugestão seria a
interpretação das palavras do Ministro do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior, Fernando Pimentel, em audiência pública ontem na
Câmara dos Deputados. Segundo Pimentel o governo tem interesse em
discutir soluções negociadas para redução do preço do aço no mercado
nacional junto com o setor de siderurgia. O Ministro acredita que o
aço produzido no Brasil precisa ser mais competitivo em relação aos
preços internacionais do insumo. Analistas acreditam que o governo
poderia considerar uma redução de impostos à cadeia produtiva do
setor, auxiliando as empresas a reduzirem o preço do aço no mercado
nacional, mantendo suas margens de lucro. Ontem as ações preferenciais
da Usiminas (USIM5) subiram ao pódio de valorização do Ibovespa,
fechando o dia com alta de 4,8%. Vieram logo atrás as ações da Gerdau
(GGBR4), Metalúrgica Gerdau (GOAU4) e Companhia Siderúrgica Nacional
(CSNA3).

Fonte: Advfn

Agenda do investidor para esta quinta-feira

No mercado nacional a FGV divulga a Sondagem da Indústria que fornece
indicações sobre o estado geral da economia nacional e suas
tendências. O Banco Central publica a Nota de Política Fiscal com os
dados sobre o montante e composição da dívida pública federal. Nos
Estados Unidos o Departamento do Trabalho divulga os Pedidos de
Seguro-Desemprego semanal. Será divulgado o Índice dos Gestores de
Compras de Chicago (Purchase Managers Index) que mede o nível de
atividade industrial nos Estados Unidos.

Fonte: Advfn

Destaques Matinais - 30/06/2011

Destaques

Mercados apontando para uma abertura sem uma direção definida, porém
com um sentimento de certo alívio em função da diminuição de um risco
de default na Grécia.

Ásia

Os principais mercados acionários asiáticos encerraram a sessão em
alta, na esteira da diminuição das preocupações em relação à situação
grega, após a aprovação do plano de austeridade no país. O composto
asiático subiu 1,4%. A Bolsa de Shanghai subiu 1,2% e a de Hong Kong
encerrou o dia em alta de 1,5%. No Japão, a Bolsa de Tóquio encerrou a
sessão em leve alta de 0,2%, impulsionada por empresas exportadoras.
Além disso, os índices do país foram impulsionados por empresas de
serviços públicos, após a crença de que o país não abandonará a
energia nuclear, como vinha sendo especulado.

Europa

Mercados europeus e futuros norte-americanos apontando para uma
abertura em leve alta, porém sem uma direção definida. O composto
europeu opera perto da estabilidade, e os futuros do S&P operavam em
alta de 0,12%. Entre as commodities, os metais básicos operavam em
leve alta, com investidores otimistas com a redução dos riscos de uma
moratória na Grécia. Já o petróleo opera em leve queda. Após a
aprovação ontem (29) pelo Parlamento grego do plano de austeridade
fiscal, afastando um risco de default da Grécia, o mercado acredita
que o governo do país deverá aprovar hoje também a lei que regulará os
cortes e as privatizações. Além disso, segundo fontes, bancos,
seguradoras e o governo da Alemanha concordaram em uma proposta
preliminar para rolar os títulos da dívida da Grécia.

Fonte: Um Investimentos

Direto ao ponto: em dia de fim do QE2, agenda dos EUA pode ditar o rumo da sessão

SÃO PAULO - A aprovação do plano de austeridade grego na última
quarta-feira (29) alavancou as bolsas norte-americanas e europeias.
Por aqui, no entanto, o Relatório Trimestral de Inflação sinalizou que
o Banco Central espera que o indicador volte para o centro da meta, de
4,5%, somente em 2013. Com os investidores locais temorosos, o
Ibovespa descolou-se e fechou em leve alta de 0,05%, aos 62.333
pontos.

"Com a questão do financiamento grego resolvida, ao menos pelos
próximos dois anos, e a sinalização de apoio dos bancos franceses e
alemães ao país, os fundamentos do mercado voltam a ser deslocados
para a avaliação das ações", diz o estrategista-chefe da CM Capital
Markets Brasil, Luciano Rostagno.

Números de Chicago podem ditar rumo do pregão
A agenda econômica desta quinta-feira traz a Pesquisa Industrial de
junho e a nota de Política Fiscal do Banco Central no cenário
doméstico. Nos Estados Unidos, os pedidos de auxílio-desemprego na
última semana e o Índice de Atividade de Chicago em junho são os
principais indicadores, embora o consenso de mercado traga a
expectativa de estabilidade para ambos quanto à medição anterior.

"No último mês de junho, as unidades regionais do Federal Reserve
mostraram forte piora na produção industrial. Desta forma, os números
da unidade de Chicago do Fed podem ditar a direção do mercado no
pregão", afirma Rostagno. Mais do que isso, ele acredita que nos
próximos dias o foco do mercado segue na Europa e nas bolsas externas.

Quantitative Easing termina nesta quinta
Termina nesta quinta o Quantitative Easing 2 - a segunda versão do
programa de aquisição de ativos do Federal Reserve -, responsável pela
injeção de US$ 600 bilhões na economia norte-americana desde meados de
2010. Daqui em diante, o governo Dos Estados Unidos deve observar
atentamente o desempenho dos setores de emprego, moradia e
commodities, para avaliar a forma com que economia caminhará com as
próprias pernas.

Pouca volatilidade ou temores tendem a ser gerados por conta do
evento, diz o estrategista, já que seu término foi repetidamente
confirmado pelo Federal Reserve nas atas dos últimos meses.

Chance de realização, mas sem deixar tendência de alta
Após três dias seguidos no positivo, o benchmark brasileiro acumula
ganhos de 2,16% na semana. "Com a forte alta, o investidor pode
aproveitar para colocar algum dinheiro no bolso, o que resultaria em
um movimento de realização", diz Rostagno. Ele ressalva, no entanto,
que a tendência de alta não deve se inverter no curto prazo.

Fonte: InfoMoney

Bolsas asiáticas fecham em alta, na esteira da aprovação de pacote fiscal na Grécia

SÃO PAULO – Os principais índices acionários da Ásia seguiram o
desempenho dos mercados internacionais na quarta-feira (29) e chegaram
ao final do pregão desta quinta-feira no campo positivo, após o
parlamento da Grécia aprovar um novo pacote de medidas de austeridade
fiscal na véspera.

O pacote, que tem duração de cinco anos, prevê redução de gastos
públicos e aumento de impostos, sendo esta uma condição para que o
país receba a última parcela do empréstimo acertado com a União
Europeia e com o FMI (Fundo Monetário Internacional), fato que deve
ocorrer em meados de julho.

Assim, as preocupações dos investidores de que a crise fiscal na
Grécia contamine outros países da Europa foram amenizadas. Além disso,
a expectativa de que o governo japonês autorize a reativação de
reatores nucleares impulsionou os papéis de companhias do setor, como
os do Chubu Electric Power (+2,41%) e do Kansai Electric Power
(+4,64%).

Bancos e construtoras em recuperação
Na China, o índice Shanghai Composite fechou no campo positivo,
impulsionado por um movimento de recuperação em ações do setor
bancário e imobiliário, os quais chamaram a atenção na sessão anterior
pelo desempenho negativo.

Desta forma, as ações do China Merchants Bank se valorizaram em 1,01%,
ao passo que as do Bank of Communications avançaram 0,73%. Entre as
construtoras, os papéis da Poly Real Estate dispararam 3,97%, enquanto
os da Gemdale Corporation registraram alta de 2,56%.

Fonte: InfoMoney

BG Group eleva estimativas sobre potencial de reservas em parceria com Petrobras

SÃO PAULO - O BG Group anunciou nesta quinta-feira (30) a elevação das
estimativas sobre as reservas que detém na bacia de Santos, em
reservas nas quais mantém parceria com a Petrobras (PETR3, PETR4).

Segundo a nota distribuída pela companhia do Reino Unido, as reservas
totais sobre as quais detém participação agora estão estimadas em seis
bilhões de boe (barris de óleo equivalente), frente aos três bilhões
de boe anteriormente apresentados como "melhor" estimativa.

Cenários
A companhia define como reservas totais o agregado de reservas
provadas e prováveis, acrescidas de recursos descobertos e explorações
de risco.

Segundo a empresa, há cerca de 90% de chances de que ao menos a
quantia de 4 bilhões de boe seja recuperada, ao passo em que há uma
probabilidade de 10% para a recuperação do topo das estimativas, em
oito bilhões de boe.

Tais projeções decorrem de análises internas ao BG Group, baseados em
modelos probabilísitcos e novos dados gerados pela atividade de
pesquisa nas reservas.

Fonte: InfoMoney

Investimentos de milionários estão mais conservadores do que antes da crise

SÃO PAULO - Ao final de 2010, 43,5% dos investimentos dos milionários
do mundo estavam alocados em modalidades mais conservadoras, como
renda fixa, por exemplo. De acordo com relatório do banco de
investimentos norte-americano Merrill Lynch, em conjunto com a
consultoria Capgemini, as alocações estão ainda mais conservadoras do
que antes da crise de 2008.

"O fato de os milionários ainda manterem boa parte de suas aplicações
em modalidades de menor risco demonstra claramente os efeitos da crise
na cabeça do investidor", afirma o relatório.

Incertezas
Segundo o levantamento, estes investidores ainda não têm certeza da
estabilidade do mercado e do final da crise e ainda temem o que pode
acontecer.

De acordo com a psicanalista Vera Rita de Mello Ferreira,
representante no Brasil da Iarep (International Association for
Research in Economic Psychology), a experiência do "estouro da bolha"
foi marcante. "Muitos perderam ou souberam de pessoas próximas que
perderam e agora ficam com receio de arriscar", afirma. "É um típico
exemplo de aversão à perda", completa.

Preservação de capital
Ainda segundo o relatório, os milionários estão mais focados em
atingir sonhos do que simplesmente ver o dinheiro crescer. Assim,
diante das incertezas, estão mais preocupados com a preservação do
capital para atingir essas metas e têm evitado mais riscos.

Para o planejador financeiro Mauro Calil, fundador do Centro de
Estudos e Formação de Patrimônio Calil&Calil, manter um alocação
conservadora pode até ser uma forma de preservar patrimônio, mas não
elimina os riscos, apenas os minimiza. "Outras atitudes para mitigação
podem e devem ser consideradas, como estabelecer hedge para as
posições, aumentar a diversificação ou mesmo investir pequenas
quantias em negócios novos e de setores ascendentes", indica.

"Ninguém é milionário por acaso. Mudar o pensamento pode significar
readequá-lo a novas realidades. Ou seja, novos tempos nas finanças
implicam em realinhar os investimentos. Isso é natural", finaliza.

Fonte: InfoMoney

Casino eleva participação no Grupo Pão de Açúcar para 43,1%

O grupo francês Casino informou na noite de quarta-feira que aumentou
para 43,1% sua participação direta e indireta no capital total do
Grupo Pão de Açúcar (PCAR4), disse a rede varejista brasileira.

O comunicado enviado ao mercado informou que o Casino elevou sua
participação em 16.144.083 ações, equivalente a 10,1% do total de
ações preferenciais e a 6,2% do capital total.

"As aquisições de ações confirmam o compromisso de longo prazo do
Casino com a companhia e com o Brasil", disse o grupo francês em
comunicado.

Segundo o documento, o Casino detém atualmente, de forma agregada,
32.906.165 ações preferenciais, representativas de 20,5% do total das
ações preferenciais emitidas e a 12,7% do capital total.

O aumento na participação ocorreu um dia depois que o Pão de Açúcar
anunciou uma proposta de fusão com as operações do Carrefour no
Brasil, irritando o Casino, que é hoje o principal sócio da varejista
brasileira e concorrente do Carrefour na França.

As ações do Pão de Açúcar fecharam a quarta-feira em queda de 3,07%, a
R$ 71. O Ibovespa, que reúne as principais ações brasileiras, avançou
0,05%.

(Texto de Bruno Marfinati)

Fonte: Uol

Petrobras contrata Altus para automatizar plataformas do pré-sal

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Altus fechou com a Petrobras o
fornecimento de sistemas de automação das oito primeiras plataformas
para as operações em larga escala do pré-sal da bacia de Santos, sendo
seis nos campos de Lula e Cernambi e duas em Guará e Carioca, informou
a empresa nesta quarta-feira.

O contrato, no valor de R$ 115 milhões, contempla automação e controle
das oito plataformas e é formado por 12 sistemas integrados
relacionados aos processos de produção, detecção de fogo e gás e
desligamento de emergência.

Segundo o presidente da Altus, Luiz Gerbase, já na primeira plataforma
a companhia atingiu a exigência de conteúdo nacional de 80 por cento
para os equipamentos fornecidos à estatal, o que era previsto apenas
para acontecer na oitava plataforma.

As oito plataformas possuem a mesma concepção de construção e são
réplicas de um só projeto produzido em série no Estaleiro Rio Grande
(RS). Essa é a maior encomenda simultânea desse tipo no mercado
mundial de petróleo, segundo a Altus.

A empresa vai contratar 80 pessoas para tocar o projeto.

(Reportagem de Denise Luna)

Fonte: Uol

Parlamento grego deve aprovar 2a lei de austeridade nesta 5a

ATENAS (Reuters) - O Parlamento grego deve aprovar nesta quinta-feira
uma segunda lei de austeridade, para permitir que o país receba uma
parcela de 12 bilhões de euros do pacote de ajuda da União Europeia e
do Fundo Monetário Internacional (FMI) e evite a moratória.

Após dois dias de violentos protestos a poucos metros de onde os
deputados aprovaram a legislação inicial de austeridade na véspera,
nesta quinta-feira eles começaram a debater as medidas detalhadas para
implementar 28 bilhões de euros em cortes de gastos, aumentos de
impostos e privatizações.

Com a Grécia perigosamente perto de uma moratória, a UE e o FMI
demandaram que o plano de austeridade seja implementando antes de
liberarem a próxima parcela do pacote de resgate concedido no ano
passado.

"Vamos fazer o que pudermos para apoiar o governo", disse o membro da
Nova Democracia Nikos Dendias.

O Parlamento retomou o debate às 3h30 (horário de Brasília) e
espera-se uma decisão antes das 8h (horário de Brasília) , com os
resultados sendo apresentados em algum momento à tarde (horário
local).

Fonte: Uol

Tesouro Direto: São Paulo concentra mais de 40% dos investidores

SÃO PAULO – A maior concentração de investidores do Tesouro Direto
está no estado de São Paulo.

De acordo com um levantamento feito pelo Tesouro Nacional, que levou
em conta dados do mês de maio, 42,12% dos investidores do Tesouro
Direto (equivalente a 103.623 investidores) residem em São Paulo. O
Rio de Janeiro aparece em segundo lugar, com menos do que a metade de
investidores paulistas: 44.683 mil, ou 18,16% do total.

Minas Gerais, com 8,17% dos investidores; Paraná, com 6,71%; e
Distrito Federal, com 5,79%, completam a lista dos cinco estados que
mais possuem investidores desta modalidade.

Idade e sexo
Segundo o levantamento, os investidores com idades entre 26 e 35 anos
são os que mais compram os títulos do Tesouro Direto. Em maio, 36,6%
tinham esta faixa etária.

Em segundo lugar, aparecem os investidores com idades entre 36 e 45
anos (25,71% do total), seguido pelos de 46 a 55 anos, que são
responsáveis por 16,41% dos investimentos nestes títulos. Já os
investidores de 56 a 65 anos representam 9,66% do total e aqueles com
mais de 66 anos, 4,48%.

Por fim, os investidores de até 15 anos representam 0,3% do total de
aplicadores nestes títulos.

Ainda segundo o Tesouro Nacional, os homens representam 79,74% do
total de investidores (196.154 pessoas), enquanto as mulheres são
20,26% do total (49.840 investidoras).

O que é
O Tesouro Direto é um programa que possibilita a aquisição de títulos
públicos por pessoas físicas pela internet. Foi lançado para
democratizar o acesso aos investimentos em títulos federais,
incentivar a formação de poupança de longo prazo e facilitar o acesso
às informações sobre a administração e a estrutura da dívida pública
federal brasileira.

A compra de títulos do Tesouro Direto pode representar uma alternativa
atraente para quem investe em fundos de renda fixa, pois o perfil de
risco é muito similar e, em muitos casos, os custos envolvidos podem
ser bem menores - o que pode significar retorno melhor para o
investidor.

Fonte: Uol

Julgamento da Brasil Foods será retomado em 13 de julho

SÃO PAULO - A BRF-Brasil Foods informou nesta quarta-feira, em
comunicado ao mercado, que a próxima sessão de julgamento do processo
de fusão entre Perdigão e Sadia será no dia 13 de julho.

De acordo com a empresa, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica
(Cade) não apreciou o processo em sessão ordinária realizada hoje.

"A BRF comunica, dessa forma, que continua em tratativas com o Cade em
busca de uma solução negociada para a questão", diz o comunicado.

Chegar a um acordo é essencial para a Brasil Foods, já que o relator
do caso, conselheiro Carlos Ragazzo, votou pelo veto à compra da
Sadia, o que levaria ao fim da união com a Perdigão.

(Luciana Seabra | Valor)

Fonte: Uol

Fim de expansão monetária americana terá impacto limitado no Brasil, diz economista

Inúmeras vezes criticada pelo Brasil por provocar uma entrada
excessiva de capital no país e a valorização do real, a operação feita
pelo Tesouro americano de compra de títulos emitidos pelo governo dos
EUA com prazo longo, chega ao fim nesta quinta-feira.

Nesta segunda rodada do chamado Quantitative Easing (QE2, na sigla em
inglês) que termina agora, foram injetados US$ 600 bilhões (cerca de
R$ 942 bilhões) na economia dos Estados Unidos nos últimos oito meses.

Pelo mecanismo, o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados
Unidos) chegou a investir no auge da crise econômica mundial, entre
2008 e 2009, US$ 1,75 trilhão (cerca de R$ 2,75 trilhões) na compra de
títulos.

A expansão de moeda circulante criada pelo relaxamento monetário foi
criticado por diversos países, inclusive o Brasil. Eles alegaram que o
súbito excesso dos EUA migrava para estes países o que acabava
causando desequilíbrios com o enfraquecimento do dólar nestes mercados
e a consequente valorização das moedas locais.

Apesar das reclamações do governo brasileiro, porém, é incerto o
impacto que o encerramento da medida de relaxamento quantitativo pode
ter na economia brasileira.

"Há diversos aspectos domésticos no Brasil que contribuem para o
excesso de liquidez", disse à BBC Brasil o economista-chefe para a
América Latina da consultoria IHS Global Insight, Rafael Amiel.

"O Brasil não pode culpar os Estados Unidos pela situação de sua economia", diz.

Na reunião anual do FMI (Fundo Monetário Internacional), realizada em
Washington em outubro passado, o então presidente do Banco Central,
Henrique Meirelles, disse que o desequilíbrio mais importante na
economia mundial era "a expansão monetária norte-americana, usada para
combater o baixo crescimento e o desemprego ainda elevado nos Estados
Unidos".

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, criticou diversas vezes a medida
e chegou a cunhar a expressão "guerra cambial" para se referir ao fato
de alguns países manterem suas moedas desvalorizadas de maneira
artificial, tornando suas exportações mais baratas e competitivas e
provocando um efeito negativo sobre países com moedas mais
valorizadas.
Juros

No entanto, segundo o analista da IHS, enquanto a taxa básica de juros
(Selic) brasilera se mantiver alta e a dos Estados Unidos permanecer
próxima de zero, o Brasil vai continuar a atrair um forte fluxo de
capital estrangeiro, independentemente do fim do QE2.

"As taxas de juros estão muito baixas nos Estados Unidos e muito altas
no Brasil", diz Amiel.

"O fim do QE2 poderá até provocar alguma redução nos fluxos para o
Brasil, mas não creio que vá representar uma mudança drástica no
cenário atual", afirma o economista.

Os Estados Unidos mantêm sua taxa de juros inalterada desde dezembro
de 2008, em entre 0% e 0,25%, e o Fed afirma que esse patamar deverá
permanecer assim por "um longo período".

O mesmo ocorre em outras economias avançadas, que enfrentam uma
recuperação lenta pós-crise econômica mundial e têm juros baixos.

Ao contrário desses países, as economias emergentes, entre elas o
Brasil, registraram uma recuperação vigorosa depois da crise e mantêm
juros altos, atraindo a atenção dos investidores internacionais.

No caso brasileiro, a Selic já foi elevada quatro vezes neste ano, e
está atualmente em 12,25%. A previsão do mercado é de que ainda
registre pelo menos mais um aumento.
Inflação

O último relatório de inflação do Banco Central, relativo ao segundo
trimestre e divulgado nesta quarta-feira, reforça a expectativa de
novas altas na Selic.

A estimativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) neste
ano foi elevada em 0,2 ponto percentual, para 5,8% - ainda assim
abaixo do teto da meta, de 6,5%. No entanto, analistas de mercado já
projetam inflação de 6,16% neste ano.

Para 2012, a projeção do Banco Central é de 4,8%, acima dos 4,6%
previstos anteriormente e também acima do centro da meta de inflação,
de 4,5%.

Para combater a alta da inflação, o governo recorre ao aumento da taxa
de juros. Isso atrai maior fluxo de capital estrangeiro, o que acaba
forçando a valorização do real frente ao dólar e tornando as
exportações menos competitivas no mercado internacional.

Desde o ano passado o governo brasileiro vem adotando uma série de
medidas para conter a entrada de capital especulativo. Mas os
investimentos estrangeiros no Brasil devem continuar a crescer,
especialmente em um momento em que o país se prepara para receber a
Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Se o cenário doméstico contribui para a entrada excessiva de capitais
e a consequente valorização do real, há também outros fatores
externos. O economista da IHS cita entre eles a China, maior parceiro
comercial do Brasil, do qual compra principalmente soja e minério de
ferro, contribuindo para o aumento dos preços das commodities.

Segundo Amiel, a valorização do real também está relacionada a um
enfraquecimento do dólar e não deve ser revertida no curto prazo.

"O Brasil terá de se acostumar com o real forte por um bom tempo", diz.

Fonte: Uol